segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O DIA 31 DE AGOSTO.

Nós, os seres humanos, somos dotados de todos os predicados que a natureza legou aos animais do universo. Sentimos o frio, o calor o amor de nossos semelhantes. Percebemos a ternura dos corações, a multicolorida aura das almas, o ardor das paixões, o calor do suave abraço. Sentimos a paixão do amor intenso e sempre percebemos a suave brisa do amor que desejamos que seja eterno.
No nosso caminhar pelas dunas da vida enfrentamos as intempéries escaldantes dos embates pela sobrevivência onde buscamos diuturnamente realizar novas conquistas Tudo pelo nosso bem-estar, tudo para a melhoria das conquistas de nossos filhos e das gerações que nos sucederão.
Assim somos nós, os seres humanos, e assim é que nos diferenciamos das demais espécies que habitam o universo. Diferenciamo-nos porque temos corações que deixam de ser a mera bomba que irriga todo um corpo humano mas sim, acima do ato de bombear sangue regenerado, nossos corações emitem os sentimentos da dor, da saudade, da paixão imensa e do amor eterno.
Hoje, dia trinta e um de agosto, meu coração está muito apertado, está condoído, está sufocado. Hoje estou realmente sentindo o que significa a suave brisa do amor que desejamos que seja eterno. Hoje sinto a aura de minha alma apequenando-se, sinto a ternura do meu coração agigantando-se, sinto a ausência do melhor calor que já tive e o mais suave abraço que nunca mais terei. Sinto-te minha querida Carolina com a aura fulgurante, á distante a olhar-me e dizer-me – vai meu amor, segue tua vida porque eu estarei ao teu lado para proteger-te, para dirigir teus caminhos, para mostrar que a felicidade ainda existe, apesar de tudo.
Sinto-te minha amada a relembrar-me de quão maravilhosos foram os nossos dias trinta e um de Agosto. Sabe querida, lembro-me até hoje de nosso primeiro trinta e um de Agosto. Foi no ano de 1969. Juntos, eu e você, acompanhados do seu Avelino e da dona Zezé tomamos de “nosso potente” fusca – ano 1965 – motor 1200 ou sei lá – seis volts ou sei lá – juntos o lavamos, encerramos, pneus calibrados, tanque cheio, o frango com farofa no farnel, a gasosa de framboesa na garrafa de vidro e de Fraiburgo alçamos voo para a cidade de Chapecó em plena estrada de chão. Desastre total, nunca sofremos tanto, dois pneus furados, à beira da estrada ficamos pedindo carona, chegamos ao destino só a noite. Assim mesmo festejamos teu aniversário, querida. Nós com vinte e quatro anos de idade.
Quantos trinta e um de agosto passamos juntinhos no aconchego de nossas casinhas. Primeiro na nossa primeira casinha na atual Avenida Campos Novos – um quarto - um banheiro – uma sala – aí nasceram nossos filhos. Ahhh como era bom. Eu levantava cedo e fazia um café para você e levava com aquela nossa bandeja de madeira. Você ficava envergonhada porque era sempre você quem levava o café na cama, lembra? No dia trinta e um de Agosto dei-te quarenta e quatro presentes de aniversário. Comemoramos de todas as maneiras possíveis em casa, com churrascos, com amigos, com surpresas, com grandes festas, só nós dois.
Lembra-te querida que nos últimos tempos sempre viajávamos nos dias do teu aniversário. Você não se sentia mais bem comemorar teu aniversário com os amigos porque você nesse dia sentia-se muito mal pela ausência do nosso Marcelão, você queria comemorar sozinha, com a Flávinha, com o Fernando, com o Fredy.
Querida, lembro-me muito bem da maior de todas a emoções do teu aniversário quando o Fernando estudava na Universidade da Ulbra na cidade de Canoas – RS. Você o visitava constantemente e numa dessas eu sei que você fez propositadamente para passar o teu aniversário lá com o Fernando. Eu não poderia passar esse único aniversário longe de ti.
Com um casal amigo nosso, ele já foi Promotor de Justiça em Fraiburgo, da cidade de Novo Hamburgo, juntos acertamos que eles te levariam ao melhor restaurante da cidade de Porto Alegre para comemorar o teu aniversário, já que eu não estaria presente.
Ledo engano, não é querida? Naquele dia fui a Curitiba, de lá para Porto Alegre e na noite engalanada encomendei as mais lindas rosas de Porto Alegre, uma comitiva, ao som de belas músicas entrou no restaurante, entregaram-te as flores e você caiu aos prantos porque eu não estava lá, no entanto, eu estava.
Logo que você cessou teu pranto eu entrei, com o melhor terno, a mais linda gravata, o mais suave perfume e juntos choramos copiosamente e eu disse “feliz aniversário meu amor” e você era a mais linda aniversariante. Hoje, novamente meu amor, feliz aniversário.
Hoje é o segundo aniversário sem a tua presença.
 
publicado no jornal DIÁRIO DE FRAIBURGO - ano I nº 89 - 31.08.2011.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

TOINHO – Meu amigo e exemplo para todos.

(este artigo escreví em 2006, mas hoje, dia 25.08.2011 peço especialmente para voce, caro leitor, faça uma oração do fundo do seu coração pelo sucesso na cirurgia do Toinho. É a cirurgia da vida dele. A vida desse menino querido está nas mão desses médicos maravilhosos. Orem para que Deus conduza as mãos desses cirurgiões e que Deus os abençoe sempre)
A sinfonia maravilhosa do mundo é composta por múltiplos atores, onde cada ser vivo tem a sua função específica.  Os seres vegetais têm as mesmas importâncias que os seres animais. Os minerais não estão por aí perdidos à espera de quem o encontre pelo simples fatos de existirem, eles aí estão exercendo suas funções nessa sinfonia.
Nós, seres humanos, também somos instrumentos que emitem as sonoridades necessárias dessa obra divina, naturalmente que essa sonoridade torna-se suave a agradável aos ouvidos do universo quando existe a sintonia de todos os demais seres que navegam nessa nave universal.
Em Fraiburgo existe um instrumento maravilhoso e angelical que aqui apareceu para emitir sempre os mais maviosos dos sons que os ouvidos de Deus poderiam ouvir e poderiam aprovar.  Esse instrumento de Deus chama-se TOINHO que no nosso mundo profano leva o nome de ANTONIO ROSA DE LIMA.
Toda a vez que encontro o TOINHO meu espírito se eleva até Deus para contemplar e agradecer as magníficas lições que Ele nos transmite da pequenez de nossa existência perante a magnífica Obra Divina que é o ser humano.
Toinho veio a esse mundo para nos mostrar o caminho da luz, ele aqui está para mostrar que nós, seres humanos, nos recriminamos diuturnamente pelas pequenas coisas que queremos e não conseguimos.  Constantemente culpamos a Deus por não termos aquelas banalidades que nossa vaidade exige para estarmos “de bem” perante uma sociedade consumista.  Ele, o Toinho, aqui está para nos mostrar que os valores são outros porque Deus vê os pequenos, Deus está com os desvalidos, Deus olha com olhar paterno a todos nós, pobres ou ricos com a mesma atenção para podermos continuar aperfeiçoando nosso espírito para o grande reencontro com Ele.
Toinho é um maravilhoso menino, com nove anos de idade, portador da doença MIELOMENINGOCELE, mais conhecida como ESPINHA BÍFIDA SUPERIOR que provoca lesão congênita da medula espinhal.  O Toinho, em que pese o seu drama de ordem congênita, efetivamente é um anjo que pousou entre nós.  Um anjo porque sua trajetória em nosso meio é a de espargir alegrias entre os que o cercam. A ingenuidade fez morada em seu coração.  Dono de um poder de sedução pela sua inteligência que sabe cativar a todos.
Sua conversa é cativante e sempre provoca em nós respostas de bom humor, porque a condução da sua conversa sempre deságua na planície da pureza de espírito, na ingenuidade das afirmações, na simplicidade de seus desejos e no permanente amor pela mãe Inês, pelo pai José, pelos irmãos e especialmente pela sobrinha Camila.
Toinho é um menino tão maravilhoso que reflete para todos os lados os raios da felicidade, felicidade essa que pode ser conquistada na simplicidade. Tão espetacular que a alegria dos anjos está sempre estampada em seu sorriso límpido, embora maltratado pela sua doença. Tão fascinante que demonstra sempre gratidão para como todos, quando nós é que devíamos sempre agradece-lo pela nossa felicidade.  Toinho deseja sempre que alguém brinque com ele e aí tinha outro anjo que o acompanhava em sua residência, brincando com ele, ambos sentados no chão de sua casa. Eram duas crianças de Deus alegrando-se a si mesmas. Era meu querido filho Flávio Marcelo, que foi o Anjo do Toinho. Um Anjo cuidando de outro Anjo. Deus realmente colocou Toinho entre nós por ser um anjo puro e, em Sua infinita sabedoria, aos moldes de Maria a Mãe de Deus, escolheu a Dona Inês Ribeiro como sua mãe protetora. O meu Marcelão foi para junto de Deus, no entanto, antes de partir deixou-me o ensinamento maior de proteger esse Anjo enviado por Deus.
Toinho sempre é grato para com todos que o cercam. O seu olhar sorrateiro em direção a sua mãe Inês sempre demonstra o desejo de tentar adivinhar os seus desejos, embora de quando em vez relute em fazer os pedidos dela, que a ama tanto. Sempre diz “ obrigado”. Toinho vibra em dirigir automóvel no colo de seus amigos, dentre os quais com orgulho me incluo, preferencialmente quanto maior o automóvel mais orgulho demonstra para com os que o assistem. Toinho adora conversar, receber presentes, agradecer, ir à missa. Conversar. Conversar. Obrigado Toinho pela felicidade de eu ser teu amigo.

ROMÁRIO – EDMUNDO – VAMPETA.

Esses estão quebrando os paradigmas.
(este artigo escreví ou em 2006 ou 2007)
Toda a indústria é composta de máquinas – equipamentos – pessoas que operam essas máquinas – pessoas que trabalham com o intelecto para buscar os aperfeiçoamentos, novas tecnologias, sempre com o fim último de alcançar o menor custo e a maior lucratividade. Sem o lucro não existe empresa.
Para fazer com que essas máquinas e equipamentos operem num perfeito sincronismo elas devem ser devidamente reguladas para que atinjam aqueles fins para os quais elas foram destinadas.
O movimento dessas máquinas é possível, evitando-se ao máximo os atritos próprios das suas engrenagens, tendo como um dos fortes elementos que prolongam a vida útil com a utilização de lubrificantes próprios.
 O corpo humano mais ou menos tem essas mesmas necessidades de contínuos movimentos de seus membros, movimentos esses que fazem com que nossos membros sejam devidamente lubrificados de forma automática bem como mantidos de forma sadia.
Ultimamente temos acompanhado pelos sistemas de comunicação o fato dos 1.000 gols do jogador Romário, hoje com 41 anos de idade.
Isso tudo tem me feito refletir, não sobre a marca histórica do Romário, mas sim, sobre o fato de aos quarenta e um anos de idade estar jogando e sendo artilheiro em um time de futebol de ponta que exige o máximo em termos de preparo físico. Nesse mesmo diapasão aí está o jogador Edmundo, com trinta e oito anos de idade, como o melhor jogador do seu clube, também artilheiro e sendo admirado por um mundo de torcedores.
Vampeta, um dos ícones de grandes equipes do cenário nacional, aos trinta e três anos de idade, está voltando para auxiliar seu time do coração.
Até não muitos anos atrás existia um princípio fundamental que era de bom tom o atleta parar de jogar no auge da sua carreira, porque com o declínio de sua forma física (ao redor do trinta anos de idade) serie esquecido. Sempre existiria a lembrança na mente dos seus admiradores a sua fase maravilhosa e exuberante. Essa polêmica recrudesceu quando Pelé resolveu paralisar com sua atividade no futebol. A discussão transformou-se num assunto de Estado porquanto era a conversa dominante em todas as rodas onde se encontrassem mais de duas pessoas. Ele deve ou não deve abandonar o futebol no auge da sua forma física? Pelé é muito novo ainda? Pelé já está velho?
Assim foi e Pelé ainda com muito vigor paralisou suas atividades futebolísticas, ainda jovem. Passaram-se os tempos e a polêmica continuou, mas em menor intensidade. Romário paulatinamente foi aparecendo e mostrando ao mundo a sua genialidade, no entanto, sem discussão de suas evidentes qualidades o que mais me tem impressionado é o fato do mesmo estar quebrando os paradigmas de que o atleta deve abandonar o seu esporte/profissão no auge.
Em muitas vezes foi ridicularizado pela sua teimosia, no entanto, para mim, trata-se de algo sensacional porque ele, com isso, está dando ao mundo uma demonstração maravilhosa de que se pode muito bem continuar jogando com mais idade, como é o caso dele que aos quarenta e dois anos continua artilheiro. Sua performance mudou, naturalmente seu jeito de jogar não é o da jovialidade, mas continua sendo bom para o seu time. Nesse mesmo passo continua Edmundo que aos trinta e oito anos aí está dando lições de bem jogar e como exemplo para as demais gerações.  Vampeta está se preparando para retornar ao seu time com trinta e três anos de idade. Vai fundo Vampeta e dê a demonstração que o esporte não é um privilégio somente para os jovens. Isso, Romário e outros veteranos já têm provado com muita galhardia. Devemos para com essa história de que o esporte profissional deve ser praticado com limites de idade. Os exemplos estão aí. É só não termos preconceitos com isso que passaremos a olhar isso tudo de outra maneira. Isso também é preconceito.



POLÍTICA, ESSA COISA DESAGRADÁVEL.... MAS NECESSÁRIA.

(Este artigo escreví em 2006) 
No Brasil dos dias de hoje, o usual são os comentários pejorativos quando se trata de política e de políticos de um modo geral.
Em nossos próprios círculos de amizade é absolutamente normal comentarmos sobre a política com análises dos meandros negros que gravitam sobre ela.   Isso tudo, com a mais absoluta razão, devido aos noticiários diários que invadem nossas casas trazendo todo o dia as mais absurdas imagens de tudo o que é negativo, de tudo o que um ser humano sério não deve fazer, enfim, as notícias do que ocorre com determinados políticos é realmente de nos deixar cabisbaixos e nos faz, cada vez mais, repensar se o atual sistema político brasileiro é realmente o mais adequado para a nossa realidade.
Isso, na realidade, nos arremete automaticamente para outras ponderações que nós, brasileiros conscientes, devemos levar em conta. No momento atual, de véspera de eleições, devemos nos esforçar ao máximo no exercício de nossa cidadania, buscando a melhor solução e melhor escolha, não para nós particularmente, mas sim a melhor solução para a coletividade da qual fazemos parte.
Pois bem, a política, na verdade, não se restringe tão somente a essas verdades que diariamente são lançadas sobre nós pelo poderoso veículo da mídia. Designações essas de corrupção – podridão – roubos e outros atributos de péssima recomendação. 
A política, na verdade, tem um significado bem mais extenso que isso tudo.  Política é, também e acima de tudo, algo muito mais nobre, importante e digno que essas falcatruas que grassam em nosso imaginário.
Política, em sua concepção real significa “a ciência de bem governar um povo”, ou seja, a política é uma ferramenta que deve ser usada para o ato de bem governar e, nesse sentido, trata-se de uma ciência extremamente benéfica e absolutamente necessária para todos nós e para todas as nossas coletividades.
Partindo-se dessa premissa vemos que a política é muito importante para o dia a dia de nossas vidas e das nossas coletividades porque é ela, através dos políticos, que dará o rumo daquilo que deve acontecer ao nosso redor e daquilo que influenciará em nosso futuro bem estar, em nosso patrimônio e em nossas cidades.   Assim podemos observar o quanto é importante a política em nossas vidas e, se assim é, nossa interferência na política reveste-se de primeira importância porquanto seus resultados influenciarão definitivamente em nossas atividades diárias.
A democracia tem o grande condão de dar as ferramentas para que, nós o povo, possamos bem escolher aqueles que exercerão a ciência de bem nos governar. Nós podemos escolher bem esses políticos analisando suas atividades, seus passados, seus trabalhos em prol da coletividade. Nós sabemos ou temos possibilidades de saber quais os que sempre foram honestos e quais os que são corruptos. Nós temos condições e o poder máximo de não votar naqueles que não agiram corretamente ou que não agirão corretamente em virtude das atitudes negativas dos seus dia a dia.
Não devemos votar em pessoas corruptas... não votemos em pessoas desonestas ... nesses dias antes das eleições analisemos os candidatos, independentemente de cores partidárias, quanto as suas atuações nas comunidades, se são pessoas decentes, trabalhadoras, preocupadas com o futuro de nossas comunidades, então escolhamos esses e não votemos naqueles que pretendem se eleger para atender a interesses duvidosos. Antes de votar procuremos saber o que são nossos candidatos na vida real.
No dia das eleições vamos votar porque se nos omitirmos em votar nos bons, os maus candidatos serão eleitos e nós, o povo, seremos os culpados.

O QUE VOCÊ TEM A VER COM A CORRUPÇÃO?

(Este artigo escreví em 2007)
Nos dias de hoje ficamos simplesmente petrificados com os noticiários que se nos são jogados aos nossos olhos, aos nossos ouvidos e aos nossos sentimentos. Em absolutamente todos os momentos em que acessamos aos nossos televisores, rádios, internet contemplamos os mais absurdos exemplos de corrupção, atingindo a todos os níveis sociais, ricos e pobres, líderes, políticos, empresários, empregados, funcionários públicos, grandes e pequenos. Dá-nos a sensação que estamos em meio a um lodaçal que nos está atingindo de forma inapelável e sem solução.

Será que existe uma solução para essa roubalheira? ... para essa corrupção galopante?
SIM, amigos existem as soluções e essas estão ao nosso alcance.

O Ministério Público do Estado de Santa Catarina está encetando uma campanha maravilhosa com o título instigador de “O QUE VOCÊ TEM A VER COM A CORRUPÇÃO? - Os Promotores de Justiça Affonso Ghizzo Neto e Rui Carlos Kolb Schiefler, entusiasmados pela recepção que vem tendo essa iniciativa mostram a todas as pessoas que cada um de nós tem muito a ver com a Corrupção. Basta que paremos e façamos essa pergunta a nós mesmos, O que eu tenho a ver com a corrupção? A corrupção dos outros está ferindo meus sentimentos? Está ferindo minha alma de pessoa séria? Isso está me revoltando?
Dr. Affonso nos induz a várias indagações como “Qual a Lei da corrupção?” – “Quanto vale a sua consciência?” – “Você sabe o que fazer?”.  Nessa mesma linha de raciocínio vemos em nosso quotidiano, no meio ambiente em que vivemos, os infindáveis exemplos que se nos passam despercebidos, no entanto não deixam de ser vistos como corrupção. Exemplos -  atos de furar filas, ficar com o troco dado a maior, sair sem pagar a conta, prática de nepotismo, prática de licitações falsas, receber propina para deixar de realizar notificações, ter conhecimento de favorecimentos a pessoas de seu interesse com dinheiro público. Enfim, estamos cercados de pequenos atos ao nosso derredor que são pequenas corrupções. É assim que começam as grandes corrupções, ou seja, Esse grandes corruptos que sugam freneticamente o nosso Brasil, um dia foram pequenos sonegadores, pequenos corruptos, políticos iniciantes que compraram votos, iludiram eleitores.
Cada geração prepara o futuro das gerações que virão depois de nós. Particularmente me considero que fiz parte da preparação da geração dos jovens que vicejam em nossos dias. Ajudei como a andorinha que trouxe água em seu minúsculo bico e a lançou sobre o grande incêndio da floresta na tentativa de apagá-lo. Fiz parte de uma geração que iniciou a grande praga das drogas, no entanto não me contaminei. Fiz parte de uma geração onde foram detectados os vírus das doenças mortais de nossos dias, no entanto procurei a precaução e a conscientização desses malefícios. Deixei de praticar o ato de jogar as “chepas” de cigarro ao lixo. Lancei muito lixo dos automóveis nas estradas da vida. Enfim, deixei de praticar, mas também pratiquei muitas pequenas corrupções que deveriam ser evitadas.
Diz o Grão-Mestre da Maçonaria Catarinense, que também é Presidente da Associação Internacional de Justiça Militar, Dr. Getúlio Corrêa “Na prática, a melhor maneira de começarmos a erradicar a corrupção, é não participando dela; a segundo, tratar de evitá-la quando tivermos conhecimento de sua iminência e a terceira, no caso de ter se concretizado, é denunciando-a”.
Se assim é, naturalmente que podemos dar a nossa grande contribuição para o combate a corrupção, combatendo-a em nosso meio, onde moramos, onde estudamos, onde trabalhamos.
Devemos, sob pena de sermos cobrados pela nossa consciência, denunciar as corrupções que ocorrem na política de nossas cidades de nossos bairros. Combatermos sem ódio no coração, sem revanchismos, sem sentimentos politicamente poluídos. Combatermos alertando aos que detêm os nossos cargos e funções públicas, como o trabalhador público que exerce sua função de forma indolente, Alertando aos que exercem cargos de confiança que são contratados para exercer o “munus” público com gentileza, de modo imparcial, transparente.
Se mesmo assim persistirem os desmandos temos o sagrado dever de denunciá-los porque temos muito a ver com a corrupção. Não podemos admitir o nepotismo porque é corrupção privilegiarmos uns em detrimento de outros. A escolha deve ser isenta do subjetivismo. Para isso existem os sistemas democráticos de escolhas. As escolas e os pais têm a grande obrigação de aderir a esse programa. A sua escola, a sua empresa, a sua associação, a sua ONG, quer participar desse movimento? “Então acesse o site –” www.mp.sc.gov.br” e já inicie sua luta contra a corrupção porque assim você estará combatendo agora a corrupção das gerações futuras.

FRAIBURGO – o que está havendo com nossa cidade?

(Este artigo escreví em 2006)
Volto a falar novamente sobre a DEMOCRACIA, esse instituto do exercício do poder pelo povo. Nos países democráticos o povo realmente exerce o poder para escolher e, ao mesmo tempo, destituir seus governantes. Naturalmente que esse processo vai sendo exercitado num compasso diferente do tempo que queremos ou do tempo que gostaríamos que as substituições ocorressem. Assim tem ocorrido com todos os governos. Ocorreu com os governos militares - ocorreu com o governo Espiridião Amin – quase que ocorreu com Luiz Henrique da Silveira – ocorreu com o governo de Sebastião Dias de Andrade – ocorreu com Edi Luiz de Lemos.
Esses governos todos, com o correr dos tempos, foram se distanciando do povo, os anseios de todos os segmentos da população foram deixando de ser atendidos, os interesses particulares foram sobrepujando aos interesses da coletividade. Na maioria dos casos, o nepotismo, desavergonhadamente, sempre assolou o nosso poder público e, pior de todos, os amigos e apaniguados sempre foram atendidos regiamente, quando que aqueles que realmente necessitam, os cidadãos comuns são olimpicamente ignorados em seus direitos de cidadãos. O que está ocorrendo com nossa cidade de Fraiburgo?
O atual governo foi eleito com uma vantagem eleitoral histórica, criando-se as melhores expectativas para radicais mudanças de postura, no jeito de administrar a “res publica”.  A administração municipal do governo anterior foi tão desastrada no seu modo de gestão que conseguiu o fato inédito de unir adversários políticos tradicionais. Conseguiu convergir para o mesmo ponto todos os ideários políticos, da esquerda, da direita, do centro, todos com o mesmo objetivo – tirar daqueles administradores o poder de mando do município. Aliás, como pessoa humana merecedor do mais profundo respeito, no entanto, como gestor público um desastre.
Aquele foi o real exercício da democracia, onde o povo determinou a substituição dos mandatários com o recado de que esse poder fosse exercido para atender a comunidade como um todo, isento de cores partidárias e com o munus do exercício do poder público em detrimento dos interesses particulares.
Já no segundo período do mandato da atual administração municipal percebe-se que essa está seguindo outros caminhos que não o que foi dito no voto popular. Inicialmente deu-se a arrancada com perspectivas muito otimistas, no entanto, hoje, percebe-se que os mesmos velhos métodos começam ser praticados, os mesmos interesses particulares estão suplantando os interesses públicos. É impressionante o distanciamento que o governo municipal de Fraiburgo vem praticando com o povo e seus anseios. A maneira pouco simpática do tratar o povo vem irritando à forma de pequenas ondas, no entanto essas, paulatinamente, vêm se agigantando pelos nepotismos explícitos, esses descontentamentos vêm sendo alimentados pelas benesses de empregos e favores aos “amigos” e aos correligionários, essas insatisfações vêm demonstradas no próprio ambiente de trabalho dos funcionários públicos.
O que vem ocorrendo na APAE de Fraiburgo é algo realmente preocupante para aqueles que sempre estão atentos com o bem estar dos seus usuários. Esse alerta é para que se procure realmente analisar o que está ocorrendo. Será que o corpo docente e funcionários daquela Instituição estão satisfeitos? É necessário que se detecte os reais problemas antes que os prejuízos para os portadores de deficiências sejam irreparáveis. A APAE de Fraiburgo é um Órgão que não pode ser utilizado para política. Aí o prioritário é manter a Instituição como algo que está no coração do Fraiburguense, aliás, como sempre foi até há não muito. 
E o nepotismo explícito que vem ocorrendo no preenchimento dos cargos públicos? Isso está se tornando algo simplesmente escandaloso onde a quase totalidade de familiares de prestigiados comissionados foram arranjadas em altos cargos públicos municipais. E os maridos de primas? E as empregadas particulares? E as cunhadas? E os cunhados? E as esposas? Desculpam-me, mas já se está passando da conta. O povo está vendo isso tudo. A resposta poderá vir com o exercício da Democracia. Aliás, o primeiro sinal da resposta já foi dado na última eleição para o Governo do Estado. Por favor, ouçam o povo porque, caso contrário, o aliciamento de políticos de outros partidos para sustentação do sistema não funcionará, porque o povo sabe votar. A urna poderá dar a resposta para os desmandos.

FRAIBURGO - OPERAÇÃO CHINA

Uma excelente iniciativa.
(esse artigo escrevi em 2007)
Nos tempos atuais, a modernidade faz com que as coisas andem de forma célere. O progresso, indubitavelmente, tem evoluído numa progressão geométrica, onde os números do tempo são multiplicados por si mesmo, trazendo em seu bojo as maravilhosas vantagens das inovações que nos deixam perplexos diuturnamente.
Na Administração Pública a celeridades desses processos seguem esses mesmos passos em face às exigências, sempre maiores, de contribuintes que também se modernizam com as inquestionáveis exigências dos seus lídimos direitos Esses que para isso pagam, aliás, que muito pagam. A modernidade atinge também os povos porquanto nos dias hodiernos todos sabem das garantias dos seus direitos. Hoje a Lei da Responsabilidade civil e fiscal aí está para alertar, corrigir e mesmo penalizar aos Gestores Públicos incautos, relapsos ou mesmo mal intencionados.
Não vai muito tempo que um Prefeito Municipal, para ser bom bastava cuidar das estradas do interior, das escolas e da saúde pública. Bom Prefeito, nesses tempos idos de não há muito, dava demonstração de bom o gestor com o fato de, pela madrugada, já estar vistoriando as máquinas públicas, o preparativos dos funcionários para o inicio dos trabalhos diários ou mesmo as vistorias dos bueiros das estradas. Realmente naqueles tempos isso era a síntese do Administrador dinâmico.
Os tempos andam. As gerações passam. As responsabilidades aumentam nas mesmas proporções das necessidades dos povos.
Esse progresso faz com que haja uma nova geração de Administradores da gestão pública. Novas visões de uma realidade atual, que exige urgentes providências. A gestão pública obrigatoriamente deve não só ser só bem organizada como também deve parecer organizada, séria e escancaradamente transparente.
Acaba de retornar da China,do outro lado do mundo, uma comitiva composta pelo Prefeito Municipal de Fraiburgo, Membros do Executivo, Legislativo e Empresários.
Essa viagem é a continuidade das tratativas que há muito vinham sendo negociadas, conversadas e zelosamente levadas, porquanto é vislumbrada a real possibilidade de investimentos de importância relevante para a economia e toda a Comunidade de Fraiburgo. Como cidadão Fraiburguense e partícipe dessa massa chamada povo, porquanto sou um modesto advogado (aliás que não tergiversa às suas prerrogativas de falar, escrever ou agir)  e desvestido de qualquer título ou autoridade, sei desses fatos por outrem, por fontes de informações e por pronunciamentos em Meios de Comunicação da cidade de Fraiburgo.
Meu objetivo não se prende aos acontecimentos em si, porquanto se necessários ou não, se corretos ou não, se verdadeiros ou não ou se legais ou não.
O simples fato de a Autoridade Municipal levar a sério as iniciativas de bom conduzir essas negociações deixa-me entusiasmado porquanto, entendo que fatos novos devem ser imaginados pelos responsáveis pelos empregos de nossos jovens de Fraiburgo e essas tratativas e mesmo a ida dessa comitiva à China é de significativa importância para uma eventual guinada da condução da economia Fraiburguense. Parabéns Senhor Prefeito. Parabéns pela sábia iniciativa de ir à busca daqueles que aqui querem investir. Parabéns pela audácia de para lá ir, conhecer o que realmente querem e o que realmente desejam de Fraiburgo. As portas de Fraiburgo devem sempre estar abertas para aqueles que aqui, seriamente desejam investir e para que se saiba se as intenções são sérias. Devem sempre estar abertas para aqueles que desejam aqui investir para que eles, Fraiburgo, Fraiburguenses, Santa Catarina e o Brasil ganhem. A boa parceria é do ganha-ganha. Para se saber das boas intenções deles, da seriedade das propostas é necessário que se vá a casa deles para melhor sentir e melhor ver. Esperemos que bons negócios advenham dessas iniciativas. Se não ocorrerem, vale a tentativa, mas não sejamos tolos, com certeza outros estão correndo atrás desses mesmos projetos. Outras propostas, com certeza, estão sendo feitas por outros com mais poder de fogo. Se for real a proposta é bom se fique atento e não se deixe esfriar o assunto. Outras viagens valem.
Por outro lado, nessa mesma ocasião da viagem, ocorreram outros fatos que me entristeceram. A intromissão política e politiqueira para inviabilizar a posse do Senhor Vice-Prefeito. Isso, um dia, ainda terá melhor oportunidade para ser tratada. A política mesquinha, rasteira e medíocre será por mim sempre combatida porquanto se trata de um dos pilares da corrupção reinante nesse País.

... e Rui Barbosa tinha razão.

(este artigo escreví em 2006)
O jurista RUI BARBOSA foi uma das figuras mais proeminentes que os Brasileiros tiveram a ventura de ter nos tempos do engatinhar da República.
Essa figura ímpar foi uma das cabeças pensantes do Brasil que mais produziu paradigmas no sistema jurídico e político da nação, na época incipiente, e estabelecendo os caminhos do justo direito para todos.
Célebre é sua afirmação onde, inconformado com a situação política de então, num lampejo de lucidez afirmou:

De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto

Pois bem, nos dias atuais ficamos a nos interrogar, o que está realmente ocorrendo nesse nosso Brasil e no mundo? Diariamente, ao abrirmos nossos jornais, ao folhearmos as publicações noticiosas de nossos hábitos de leituras diárias ou esporádicas, ao acionarmos os botões de nossos rádios ou mesmo ao sintonizarmos nossas televisões quais são as noticias que de imediato se nos chegam ao intelecto?
Hoje somos seres humanos cercados pelos zumbis eternos das noticias que ficam sendo lançadas sobre nós, ininterruptamente.  A tecnologia que nos cerca invade nossa intimidade e mesmo que não queiramos o próprio sistema da facilidade de informações nos faz conhecedores da realidade que nos cerca e que ocorre em qualquer local desse planeta.
Estou realmente assustado e perplexo pelo que vem ocorrendo nos últimos tempos com os brasileiros. Estamos sendo bombardeados pelas informações escritas, ouvidas e televisadas pelas mais estapafúrdias ocorrências no submundo político de nossa nação.   São os crimes de ordem financeira, de ordem política e de ordem criminal que deveriam revoltar a qualquer ser humano mediano, no entanto o que vem ocorrendo?  Vemos uma população manifestando-se indignada tão somente nas conversas em rodadas íntimas.
Será que a premissa de Rui Barbosa de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, está tomando conta de Brasil?  Onde estão os poderes constituídos de nossa Nação Brasileira que estão agindo tão somente mediante impulso de quem a conclama? Onde estão as Instituições responsáveis por velar os direitos dos cidadãos brasileiros? Onde estão aqueles que foram escolhidos para velar sobre o nosso patrimônio nacional?
Hoje vemos vultuosas somas de dinheiro sendo desviadas de forma desavergonhada, transportadas de maneira irritantemente desclassificada, com incontestes indícios criminais e nada acontece. Em que país estamos? Essa não é a realidade que eu queria para esse meu Brasil. Essa barbaridade já vem de há muito tempo, onde responsáveis do passado pelo zelo de nossas entidades financeiras republicanas “apearam” de seus postos e hoje são altos milionários sugerindo coisas que não fizeram, quando no poder, e que só souberam angariar riquezas para si a custo das mais vergonhosas propinas.
O que me assusta é a inatividade do povo brasileiro em aceitar tudo isso de forma passiva e sem qualquer reação de revolta. O que é feito dos nossos cara pintadas? O que é feito nossos “diretas já”? Onde está a nossa OAB? – nossas Igrejas? - nossa Maçonaria? – onde estão as nossas Entidades sérias? É preciso dizer um basta a essa ladroagem explícita que vem ocorrendo em todas as partes de nosso país. Não agüento mais ver ladrões graúdos agindo em minha frente e pequenos infratores sendo jogados nos porões prisionais. Quero ver esses ladrões pagando pelos seus crimes e, principalmente, o Estado Brasileiro sendo ressarcido do que foi lesado. O patrimônio desses ladrões deve ser expropriado e revertido para os caixas da Nação brasileira.

COMO É BOA A NOSSA VIDA DO INTERIOR

 (esse artigo escreví em 2006)
Desde há muito tenho o saudável hábito de visitas interioranas, outrora com freqüência constante, nos dias atuais nem tanto, mas ainda reais. Meu hábito estende-se para rever aqueles velhos amigos da política de outrora e, ao mesmo tempo, aproveitar para participar das festas de igreja. Nessas festas toda a Comunidade participa do culto religioso nas primeiras horas do dia, sendo a saída da Igreja um momento especial porque é para esse que todos colocamos a melhor veste, o sapato novo, estamos de cabelo cortado, enfim, todos, homens e mulheres estamos bonitos para homenagear os festejos.

Como são bons esses dias maravilhosos que ao sair da Igreja nos encontramos com velhos amigos, ficamos numa felicidade só quando vemos aquele senhor já alquebrado pela idade, vindo ao nosso encontro sorrindo o sorriso dos homens bons.   Como é bom encontrarmos aquela senhora toda faceira com seu vestido novo, com seu filho pequeno às mãos, vindo ao nosso encontro para demonstrar a surpresa em nos ver novamente naquela comunidade.
Sim, isso tudo é maravilhoso. Como é bom sentirmos o pulsar do coração jovem extravasando um misto de surpresa com alegria contida, de rubor nas faces com o leve suar na testa, transparecendo a alegria em nos encontrarmos novamente.

Eu gosto muito disso. Eu gosto demais em encontrar as pessoas nos folguedos dos dias santos.  Como é bom a gente chegar nessas Comunidades e nos encontrarmos junto ao local anexo à churrasqueira e lá ficarmos escolhendo os melhores espetos, aqueles espetos de madeira de guaramirim, escolhendo os melhores pedaços.   Como é bom vermos aquela montanha de carne aos poucos diminuindo seus volumes porque já foram escolhidas, pedaço a pedaço, uns para o almoço em família no próprio pavilhão da Igreja.  Outros para levar para casa porque a mãe está doente, porque precisa cuidar da “criação”.  Como é bom ver aquelas mãos grotescas e calejadas pelo arado do dia e pela enxada do sol a sol manuseando aquelas carnes com a mais absoluta inocência da ausência de higiene, aliás, salutar falta de higiene, porquanto isso tudo prova que faz parte de uma cultura sendo que nunca houve qualquer problema de saúde em face desse tipo de atitude.
Eu adoro tudo isso porque vejo como é bom comprarmos aquela maionese bem amarela, feito com o amor da “nona”, “della mare” ou aquela cuca deliciosa que só nas festas encontramos (talvez seja o gosto provocado pelo momento), feitas pela “homa” ou pela “mama”.  Tudo isso, mais umas porções de pão amanhecido, ao estilo borracha e acrescido de umas cervejas (normalmente quentes) e gazoza.
Que delícia pegarmos nossas famílias, nossos amigos, todos esses manjares, nos acomodarmos à beira de uma árvore frondosa e debaixo de suas sombras colocarmos o espeto no meio de todos, a maionese, os pães, a cuca, as gazozas e as cervejas sobre a grama, quando muito sobre um pano para o pão e a cuca e nos fartarmos com esses alimento insubstituível.  Como é bom passarmos o canivete ou aquela velha faca, normalmente sem fio, naquela carne gorda e ficarmos jogando conversa fora enquanto nos batemos com um pano qualquer para nos livrarmos dos borrachudos que insistem em nos picar.  Com é bom, ao final, daquele almoço delicioso, colocar os restos daquela carne, dos pães, da cuca na sacola ou alforjes e levarmos para nossas casas para o jantar do mesmo dia.
Esses são momentos simples, que paulatinamente estão desaparecendo dos nossos meios, tudo conduzido pela modernidade dos novos tempos.  Naquele tempo, com certeza, éramos muito felizes e nem conhecíamos a palavra “stress”.

BALÕES – ARRANCADÃO – PRAÇA – FESTAS.

Rota do turismo começando a aparecer
(esse artigo escreví em 31.05.2007)
O Estado de Santa Catarina tem uma peculiaridade toda especial e absolutamente diferenciada de todos os demais Entes Federativos da nação brasileira, porquanto, apenas para inicio de constatação, a maior cidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, conta atualmente com um contingente populacional ao redor de quinhentos mil habitantes.
Santa Catarina é um Estado “sui generis” exatamente em face dessa peculiaridade de pequenas cidades e pequenas propriedades.
No campo esportivo isso fica muito bem caracterizado com a ausência de grandes times de futebol. Consta-se em Santa Catarina o fato de determinadas agremiações de futebol sobressair-se por pequenos intervalos de tempo, deixando, assim, de fazer com que seus torcedores sejam tomados pelo saudável “vício” de absorverem o gosto pelo seu time do coração, procurando acompanha-lo por onde for. Brigar pela sua equipe. Disputar com amor insuperável o troféu de conseguir comprar um ingresso. Enfim, nós Catarinenses aqui do interior raramente temos um time de futebol de nosso coração que seja legitimamente do Estado de Santa Catarina.
Tercemos por nossas equipes locais quando algum abnegado, ou, quiçá louco, resolve reerguer os nossos FAC – VEC – Joaçaba – Kindermann e outros.  Esse fato ocorre exatamente em função da premissa que de nosso Estado não possui grandes cidades que possam arrastar aos Estádios multidões de pessoas, contribuindo decisivamente para a manutenção, contratação e compra de grandes atletas. Faltam exatamente as multidões. As Instituições, empresas ou mesmo as municipalidades não têm suporte financeiro para manter tamanhas estruturas, pelo simples fato de que uma empresa precisa ter seu retorno ao redor do objetivo de sua atividade. Os demais Órgãos têm outras finalidades prioritárias que não o futebol.
Fraiburgo, graças a Deus e a pessoas que trabalham com a cabeça e com o coração aí estão trazendo alternativas como opções de lazer para os Fraiburguenses. É o caso das promoções do “Arrancadão” tendo a frente o entusiasmado Sandro Gianello.  Sandro em sociedade, ao que eu sei, com mais Fraiburguenses construíu um pista especial que tem feito muito sucesso por ser uma das boas pistas do Brasil para esse tipo de programação.
Nesse final de semana foi trazida para Fraiburgo uma das etapas do Balonismo Brasileiro.
Nesses momentos orgulho-me de ser Fraiburguense porque vejo que nossa cidade tem futuro promissor quando for entregue nas mãos de pessoas da garra, da vontade e da vibração igual a essas que promovem esses eventos.
Os balões coloridos que passarão ao sabor dos ventos rentes aos nossos bairros, próximos às nossas residências, sem sombra de dúvidas farão nossos corações pulsarem mais aceleradamente e levarão nossos imaginários num contraste das múltiplas cores com o celestial azul que farão o pano de fundo desse palco chamado infinito.
 Fraiburgo, com essa maravilhosa promoção estará definitivamente engalanada para que nós, Fraiburguenses, estejamos de cabeça erguida para o infinito na busca da beleza desconhecida e para que nossos amigos visitantes e turistas estejam com seus olhares voltados para as maravilhas de nossa cidade, para os frutos do paraíso, para os corações quentes de nosso povo e para a beleza da simplicidade de nosso povo. Parabéns aos organizadores e a todos nós.

ATÉ QUANDO ELES ABUSARÃO DA NOSSA PACIENCIA?

Cadeia para os omissos e responsáveis pelos crimes na aviação.
(esse artigo escreví em 18.07.2007)
Trazendo para o mundo da nossa atualidade, fazemos a mesma interrogação que o Imperador Romano fez em face da grande resistência que o guerreiro Catilina lhe infligia: “Quousque tandem, Catilina, abuttere patientia nostra?” – Até quando Catilina, abusarás da nossa paciência? Assim perguntamos para os nossos governantes da Nação Brasileira, Até quando vocês abusarão das nossas paciências? Até quando nosso Congresso deixará de tomar as necessárias medidas? Até quando o nosso Ministério Público Federal deixará de pedir a prisão dos responsáveis diretos e indiretos por essas catástrofes aéreas que estão acontecendo em nosso Brasil? Até quando os Tribunais Superiores deixarão de mandar preventivamente esses criminosos para a cadeia?
Chegamos ao extremo com dois desastres apavorantes e vários outros de extrema seriedade no Aeroporto de Congonhas. São milhares de pessoas morrendo e correndo riscos imponderáveis que por aí transitam sem a menor preocupação dos seus responsáveis.
Se ocorrer qualquer desgraça que atinja uma única pessoa em qualquer empresa do Brasil ou com qualquer pessoa física, de imediato o Ministério Público, as Delegacias de Polícia, o Ministério e a Justiça de Trabalho e tantos outros, de imediato realizam as prisões, requisitam documentos, tudo preventivamente quando resultar em casos de clamor público.  A policia Federal tem dado os maiores exemplos prendendo preventivamente equipamentos e pessoas para oitiva e, quando possível, posterior liberação mediante ordem judicial.
Onde está a responsabilidade do nosso Comando Maior do Brasil que de tudo sabia? Onde está a responsabilidade dos Ministros responsáveis pelas áreas, os responsáveis pela ANAC, INFRAERO e dezenas de outros Órgãos que por aí estão simplesmente para preencher cargos políticos e nada fazendo? Onde estão todos esses responsáveis? Na verdade está faltando muita vontade política de dar o maior exemplo que se poderia dar pelo Ministério Público e pelo Judiciário, prendendo imediatamente esses responsáveis autárquicos pelo crime de omissão.
A Lei 9.605, que trata das sansões penais para os crimes de meio ambiente, em seu Artigo segundo é muito clara dizendo: “quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua responsabilidade, bem como o DIRETOR, o ADMINISTRADOR, o MEMBRO DO CONSELHO e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evita-la.”
Ora, em um crime ambiental poderá ser preso o Presidente da empresa, o membro do Conselho, o acionista majoritário, mesmo que esse não tenha praticado o ato, basta que tenha conhecimento do fato. Isso dá cadeia.
O mesmo rigor legal ocorre para os crimes de abuso de poder econômico (Lei 4.137). Para os crimes de sonegação fiscal (Lei 4.729/65) o Art. 6º assim estabeleceu: "Quando se tratar de pessoa jurídica, a responsabilidade penal pelas infrações previstas nesta lei será de todos os que, direta ou indiretamente, ligados à mesma, de modo permanente ou eventual, tenham praticado ou concorrido para a prática da sonegação fiscal''.
Ora, em todos esses casos existem pessoas que poderão estar totalmente desligadas do ato delituoso, como o Presidente, membro do Conselho ou mesmo Diretor de uma empresa, no entanto, esses responderão criminalmente e se comprovado o seu concurso para o crime serão apenados. No caso do desastre de congonhas existe a morte de mais de 190 pessoas. A maior evidencia é a irresponsabilidade e omissão dos que deveriam ter tomado as providencias para que isso não ocorresse e nada fizeram. Evidencias cristalinas, embora possam não ser a causas reais, mas, para o momento são as evidências mais prováveis. Existem fortíssimas evidências do crime de omisso capitulado no Art. 13 do Código Penal cuja imputabilidade é desses irresponsáveis representantes governamentais. A prisão preventiva desses deveria ser decretada a pedido do Ministério Público, fundada nos Arts. 311 e 312 do Código Penal brasileiro para tornar o inquérito policial mais ágil e como garantia da ordem pública. O clamor público será amainado com medida desse tipo, mesmo que em caráter temporário e por curto espaço de tempo. Cadeia Neles. É preciso que aquele que tem o poder use da caneta em prol da moralidade

MAÇONARIA – 198 anos de prática da virtude da tolerância ...

A Maçonaria, muito ao contrário do que muitas lideranças pregam, é uma entidade voltada para o aperfeiçoamento do ser humano. A Ordem maçônica é uma associação de homens esclarecidos que se consideram irmãos entre si e cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente ligados por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos outros na prática da virtude.
Assim a Maçonaria é um sistema e uma escola, não só de moral como também de filosofia social e espiritual, revelado por alegorias e símbolos onde procura sempre praticar o bem nos planos moral e social. A Maçonaria reúne todos os homens como irmãos sem deles indagar a sua crença religiosa ou política. 
A maçonaria quer que seus membros tenham um progresso contínuo, incutindo em si a Luz espiritual e Divina, afugentando os baixos sentimentos e invocando sempre a proteção do GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que para nós é DEUS como uma energia suprema, tornando cada ser humano digno de si mesmo, da família, da pátria e da humanidade.

 A Maçonaria tem os seguintes princípios fundamentais:
1.    É uma instituição essencialmente filosófica, educativa, filantrópica e progressista;
2.    Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria;
3.    Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da beneficência e da procura constante da verdade;
4.    Tem como fim supremo a FRATERNIDADE, a LIBERDADE e a IGUALDADE
5.    Condena a exploração do homem e sua discriminação de qualquer natureza;
6.    Enaltece o mérito da inteligência e da virtude;
7.    Afirma que o sectarismo politico, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçônico;
8.    Combate o obscurantismo, a superstição e a tirania;
9.    Proclama que todo o ser humano é livre e igual em direitos e a tolerância o seu principio cardeal para que sejam respeitadas as convicções individuais;
10. Defende a plena liberdade de expressão e do pensamento admitindo a correlata responsabilidade. Reconhece o trabalho como um dever social;
11. Considera como irmãos todos os maçons, quaisquer que seja sua raça, nacionalidade ou crença e sustenta que tem os seguintes deveres essenciais: amor a família, fidelidade e devotamento à pátria e obediência às leis.
12. Finalmente determina que os maçons estendam os laços fraternais que os unem a todos os seres humanos esparsos pela superfície da terra.
Resumidamente isso é maçonaria e não a ideia absurda propagada por muitas lideranças de que os maçons são desaconselhados como pessoas confiáveis e não servem como bons exemplos para as entidades religiosas constituídas. Muito pelo contrário a maçonaria recomenda que seus membros tenham vínculos religiosos de acordo com suas consciências.
Infelizmente os maçons ainda são muito descriminados pelo obscurantismo daqueles que os descriminam e pela falta de melhor conhecimento da verdade maçônica que proclama o combate ao erro e a elevação de altares às virtudes.
É muito comum, ainda nos tempos atuais, vermos muitas pessoas retraindo-se quando sabem que alguém é maçom, considerando-o como uma pessoa perigosa, uma pessoa poderosa, Considerando-o como uma pessoa que faz parte de uma Entidade maligna disposta a arrebanhar pessoas para o mal, para não dizer, atrair pessoas para o diabo, como eu mesmo tive a triste oportunidade de ouvir da boca de um padre em pleno sermão de missa em domingo de Ramos.
Simplesmente absurdas tais afirmações e são o resultado de falar a um público cativo sobre assunto que desconhece totalmente. Quem utiliza dos meios de comunicação de qualquer espécie tem o dever e o compromisso moral de conhecer plenamente sobre o que estiver falando porque, em caso contrário, estará transmitindo informações incorretas, lesando ao seu ouvinte, lesando os lídimos direitos da pessoa ou Entidade de quem está falando e transmitindo inverdades que, na maioria das vezes, ferem mais que a mais letal das armas. Dia 20 de Agosto completaram-se 189 anos de Maçonaria no Brasil. Seu primeiro Grão-Mestre, José Bonifácio de Andrade e Silva. O abolicionista.

publicado no jornal DIÁRIO DE FRAIBURGO - ano I - nº 85 - 25.08.2011, O CATARINENSE ano XI nº 534 - 26.08.2011 e O CATARINENSE - ano XI nº 538 - 23.09.2011.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Flávio Martins escreve.: ALCÂNTARO CORRÊA - o condutor de indústrias.

Flávio Martins escreve.: ALCÂNTARO CORRÊA - o condutor de indústrias.: "Nós, seres humanos, nos diferenciamos das demais criaturas que habitam esse planeta terra e uma dessas características que nos diferenciam é..."

ALCÂNTARO CORRÊA - o condutor de indústrias.

Nós, seres humanos, nos diferenciamos das demais criaturas que habitam esse planeta terra e uma dessas características que nos diferenciam é o fato de possuirmos o poder do livre arbítrio e o dom da percepção do bom e do mau - do justo e do injusto - do correto e do errado.
Existem pessoas que, em sua própria apresentação, percebemos que se trata de pessoa de boa índole ou não - percebemos a pessoa justa - percebemos as pessoas que são talhadas para aquilo que fazem.
Alcântaro Corrêa é uma dessas pessoas que ao olharmos de pronto o vemos como uma pessoa boa, o vemos com aura dos grandes líderes que aí estão para conduzir pessoas e que nesse mundo estão para liderar.
A FIESC - Federação das Indústrias de Santa Catarina - é a Entidade máxima que congrega de modo federado todos os sindicatos patronais das indústrias catarinenses e serve como o grande luminar dos industriais de nosso Estado. No último triênio, essa poderosa Entidade teve em seu comando o braço forte de um homem bom, de um homem justo e de um homem que tem a liderança como e seu grande patrimônio genético - Alcântaro Corrêa.
Nesse mês de agosto de 2011 esse baluarte da indústria catarinense passa o bastão dessa Entidade maior dos Industriais do Estado para as mãos de Glauco Corte. Alcântaro Corrêa deixa uma história deslumbrante de trabalho exemplar exercido quando no comando da FIESC.
Vejo-o sempre em sua indumentária indefectível, com caminhar firme, de passos largos como a busca do perfeito, com sua calvície já avançada pelos longa caminhada da experiência dos grandes industriais, em seu terno azul perfeito, gravata dos grandes lideres e voz suave das pessoas que sabem perfeitamente o que querem. Alcântaro Corrêa cativa-me pelo modo simples de agir, pela maneira firma de falar, e pelo carisma no trato pessoal. Inúmeras vezes também o vi vociferando contra as falcatruas praticadas por corruptos, irritando-se contra os desmandos dos detentores dos poderes constituídos, mas sempre na defesa do correto, do justo e do perfeito.
Alcântaro Corrêa, indubitavelmente, cravou sua marca indelével na história da industria catarinense porque liderou movimentos de sucesso nacional como a extinção de tributos inaceitáveis, tendo a coragem de colocar à vista publica, em imensos painéis o nome de políticos que votaram contra aqueles atos do verdadeiro exercício da cidadania. Alcântaro, sem dúvida, foi a voz forte contra os corruptos.
Alcântaro trouxe novas dimensões para as fronteiras do comercio da indústria catarinense quando promoveu como nunca encontros de negociações com os mercados internacionais abrindo as portas do mundo para as indústrias do Estado.
Esse homem foi o líder intransigente na busca da necessária infra-estrutura de que Santa Catarina sempre necessitou e mereceu. Brigou e continua brigando como um leão pelo BR 101. Fez dos portos de Santa Catarina uma bandeira de luta para a retirada de gargalos para as nossas exportações.
Foi sob a batuta desse líder industrial que SENAI e SESI ultrapassaram os patamares do ensino e dos serviços da esfera eminentemente nacional para sua internacionalização com tratados junto a Instituições,
Organizações e Universidades com reconhecimento de ordem mundial.
A interiorização da FIESC também foi destaque na gestão desse homem que comandou a entidade federada das indústrias catarinenses dando total respaldo aos Sindicatos patronais das indústrias de nosso Estado. Levou a essas entidades de classe a inovação organizacional, o sentido de qualidade necessária a esses órgãos de serviço e, quando necessário, construiu as sedes próprias com instalações dignas de entidades que representam a pujança da industria de Santa Catarina.
O Estado de Santa Catarina detém um parque industrial modelo no Brasil, liderando a produção e qualidade em setores vitais para a economia brasileira e com lideranças produtivas com destaque mundial. Essas indústrias todas, se formos analisa-las profundamente, veremos que suas origens foram sempre forjadas nas lideranças incontestadas de seus fundadores, onde a honestidade era próprio do ser humano e não a exceção, onde o trabalho árduo era exercido como uma necessidade para que a organização crescesse com as bases sólidas das empresas forjadas para o sempre e não para a satisfação das necessidades de umas poucas gerações.
Alcântaro Corrêa conduziu a FIESC com esses mesmos princípios de homem sério, com o mesmo braço forte dos grandes desbravadores das indústrias onde o trabalho e os trabalhadores são os seus grandes patrimônios. Sempre denunciou em alto e bom som a incompetência. Sempre reagiu contra a desorganização e contra a corrupção deslavada daqueles que tinham o dever bem gerir a coisa pública.
Felicidades Alcântaro, sua luta valeu a pena porque muito honrou o nome do industrial Catarinense.

publicado no jornal DIÁRIO DE FRAIBURGO - ano I - nº 76 - 12.08.2011 e O CATARINENSE - ano XI - nº 532 - 12.08.2011.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Flávio Martins escreve.: HOTEL RENAR – com mais de trinta.

Flávio Martins escreve.: HOTEL RENAR – com mais de trinta.: "Arnaldo Jabor, o mestre poeta, escritor, jornalista e autor de crônicas memoráveis, num rompante de inspiração, assim disse um dia, dentre o..."

HOTEL RENAR – com mais de trinta.

Arnaldo Jabor, o mestre poeta, escritor, jornalista e autor de crônicas memoráveis, num rompante de inspiração, assim disse um dia, dentre outras pérolas que devem permanecer nos anais da inspiração humana:  “À medida que envelheço e convivo com outras, valorizo mais as mulheres que estão acima dos 30”.
A mulher realmente é o ápice da criação de Deus, o monumento mais perfeito, a poesia mais eloquente, o poder indescritível encoberto pelo diáfano véu dos que detém a força sem mostra-la. A mulher tudo pode quando está disposta conquistar, ainda mais quando de trinta ou mais.
No cair das cortinas douradas do acaso do mês primeiro da segunda parte do ano de 2011 mais uma Instituição que muito orgulha Fraiburgo entra no rol das “com mais de trinta”
HOTEL RENAR também já é alguém “com mais de trinta” porque aos trinta e um dias de Julho de 2011, chegou aos trinta anos de existência e, hoje, já é “mais alguém com mais de trinta”
Os feitos dos grandes homens permanecem eternos ou quase eternos porque são firmados e erigidos nas rochas da tenacidade dos heróis, porque são as sementes lançadas pelo semeador nas férteis terras irrigadas pelas águas brotadas do suor, aquecidas pelos cálidos raios do amor-dos-homens que nunca desistem e pelas brisas daqueles que muito realizam.
Hoje, no recanto da minha solidão, vejo um passado logo ali, há apenas trinta anos passados, um homem ornado por prateadas cãs, rosto num vermelho dourado qual as mais vistosas maças de seus pomares, vigor dos touros indomáveis andando a passos largos para vistoriar as obras dos seus sonhos - o seu Hotel Renar – vejo a figura de Rene Carlos Frey.
Vejo, em meu olhar do passado, o engenheiro Manfredo Rohn também contagiado com as obras de construção de um hotel diferente – diferente porque cópia de obras do velho mundo – contagiado porque a energia irradiada pelo sonhador Rene Frey o contagiava.
Particularmente tive a honra de construir minha atual residência sob o projeto e responsabilidade desse mesmo engenheiro.
Nesse meu saudoso olhar no passado, vi-me como partícipe dessa epopeia que foi a construção de Hotel que faz historia em Santa Catarina, vi-me, aos meus então trinta e poucos anos, à frente de uma plateia fazendo o protocolo daquele momento, para nós Fraiburguenses, histórico. Uma plêiade de pessoas importantes, de outros menos importantes, era inaugurado um hotel que tudo tinha para dar errado aos nossos olhares que vemos o futuro a pouca distância de nosso nariz. Naturalmente que para um desbravador que vê o futuro alem das montanhas, como era essa fera indômita cujo nome era Rene Carlos Frey, o futuro era brilhante e vitorioso.
Para rememorar, o sonho de um hotel aos moldes europeus foi construído no final dos anos setenta e inaugurado no primeiro ano da década de oitenta, a quatrocentos quilômetros de Florianópolis, cujos acessos eram representados por parcos asfaltos.
Tudo era distante – a infraestrutura era praticamente inexistente – as organizações turísticas eram incipientes e o costume da hospedagem em hotéis resumia-se a prepostos empresariais, vindo o Hotel Renar substituir o hotel “Auberge Du Lac” – hospedagem decente com apenas quatro apartamentos, ao estilo francês e que fez historia pela sua qualidade de atendimento e alta gastronomia em Fraiburgo.
Sobre Rene Carlos Frey assim escrevi eu, no jornal “O Catarinense” em 29/Dez/2009: “Esse homem foi simplesmente genial. Em seu coração sempre senti palpitar a adrenalina dos grandes heróis. Ele foi um exemplo de herói. O desbravador nato. O líder inconteste. O homem que sempre soube conduzir obras, conduzir gente, conduzir corações”
Hoje o Hotel Renar é exatamente a realidade sonhada por aquele que vislumbrou um futuro real para Fraiburgo. A realidade construída sobre a rocha firme daqueles que sabem o que querem, que sonham o sonho bom e que realizam as obras partidas do coração.
Esse hotel com mais de trinta é como a mulher de trinta sonhada e assim escrita pelo compositor Miltinho: “É bom sonhar, sonhemos nós, Eu e você, Mulher de Trinta”
Nós, de Fraiburgo, podemos orgulhosamente parodiar esse poeta das lindas canções: “É bom sonhar, sonhemos nós Fraiburguenses, o Hotel de trinta”.
Hoje o turismo, em nossa cidade, está fundado nessa Organização do Hotel Renar, trazendo em seu bojo a constante melhoria necessária para bem atender aqueles que aqui vem, aqueles que aqui fincam suas raízes e aqui constituem suas famílias. PARABÉNS HOTEL RENAR.

publicado no jornal DIÁRIO DE FRAIBURGO - ano I - nº 71 - 05.08.2011.