quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SEGURANÇA EM FRAIBURGO – a dúvida crucial.


A Constituição brasileira estabelece em seu Artigo 144 que “A segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos e é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio ...” . note-se que a Lei maior brasileira deixa muito claro, porquanto estabelece ser um DEVER do Estado mas também estabelece algo que poucas pessoas se apercebem que a RESPONSABILIDADE, aliada ao direito, é de TODOS.
É usual nos aflorarmos aos quatro ventos e sempre nos voltarmos contra os órgãos de segurança, mesmo contra autoridades que estão Presidentes, governadores ou mesmo Prefeitos municipais pela falta de segurança. Essa mesma Lei Mater separa o dever e a responsabilidade, qual seja os Governos detém a obrigação das providencias             para que haja a manutenção da segurança pública, no entanto, a RESPONSABILIDADE, e não só o direito, é de TODOS. Assim todos nós estamos envolvidos diretamente como responsáveis pela segurança pública, ou seja, ninguém, absolutamente ninguém, está isento dessa responsabilidade. O exercício desse compromisso pode ser exercido com a denúncia pelos crimes que são cometidos nas caladas das noites ou ao sol dos dias resplandecentes, contra os indefesos, os seres vivos, os poderosos inocentes, os cumpridores de suas obrigações, os detentores de direitos, os injustiçados e todos aqueles que tem sua moral, sua incolumidade física e seus direitos ofendidos e usurpados. TODOS tem responsabilidades quanto a segurança pública, cada um ao seu modo de fazer. Os menos aquinhoados com suas denúncias, com suas ajudas aos poderes constituídos para a salvaguarda da segurança pública e os que gozam de melhores condições financeiras, principalmente as Entidades inclusas como pessoas jurídicas, com esses mesmos métodos de denúncias e as mesmas ajudas aos poderes constituídos, acrescidos com a participação efetiva e direta para a viabilização de investimentos necessários e de real instrumentos para a aplicação da Segurança Pública.
Na semana pretérita Fraiburgo novamente, pela enésima vez, foi acordada com a notícia do assalto ao Banco do Brasil, onde foram violados os caixas eletrônicos, e os assaltantes saíram incólumes, tranquilos sem que ninguém os perturbassem na sua faina de buscar o dinheiro fácil, abundante e isento de qualquer incômodo. Estupefatos, nós o povo, tomamos conhecimento que a Policia da cidade tomou conhecimento somente pelas oito horas da manhã. Absurdo dos absurdos acontecer algo assim. Esse é o incentivo maior para que os bandoleiros e os criminosos de nosso pais sejam incentivados a permanecer nessa profissão deletéria porque passam a pensar – porque vou trabalhar se roubar um Banco é tão fácil ? Ora o que pode a policia de Fraiburgo fazer quando toma conhecimento somente horas após o crime, para caso iguais a esse ? – nada, absolutamente nada, a não ser instaurar o inquérito competente e passar a rezar para que o acaso os ajude. Infelizmente a preocupação dessas Instituições financeiras não estão muito preocupadas com a segurança pública porque tudo está no seguro e, cujo resultado final, sai dos nossos bolsos, via custos para eles, ressarcidos por nós que pagamos as famigeradas “taxas” bancárias.
Nos dias hodiernos a tecnologia está a serviço do homem de maneira também muito positiva e, para o caso da SEGURANÇA PÚBLICA vemos diuturnamente, pelos meios de comunicação, o quanto as câmeras em locais públicos tem auxiliado no desvendar dos crimes contra o patrimônio e contra a incolumidade física das pessoas e animais. Fraiburgo poderá ter implantado tais equipamentos (diga-se que os estivem em funcionamento a probabilidade de localização dos “sortudos” do Banco do Brasil seria muito maior) se a Prefeitura Municipal estivesse consciente de seu DEVER e as Sociedades Jurídicas também estivessem conscientes das suas RESPONSABILIDADES. A Prefeitura já disponibilizou parte dos recursos financeiros faltando somente uma melhor gestão para conscientizar quem tem dinheiro para também ser partícipe como responsável pela segurança pública. Em Fraiburgo temos inúmeros Bancos – empresas comercias grandes – indústrias de porte – postos de gasolina de relevo – empresas prestadoras de serviços relevantes – Hotéis proeminentes - enfim temos um potencial econômico expressivo e não podemos instalar umas cinquenta câmeras como guardiãs da Segurança Pública? Recuso-me em admitir isso. O valor de um equipamento desses não custo mais de dez mil reais. Tenho certeza que em nada influirá na gestão financeira de vós, OS GRANDES de Fraiburgo o pagamento de um ou mais instrumentos desses, pagos em várias parcelas. Lembrai-vos, VOS TAMBÉM SOIS RESPONSAVEIS PELA SEGURANÇA PÚBLICA.

publicado no jornal O CATARINENSE - ano XII - nº 595 - 19/10/2012.

domingo, 14 de outubro de 2012

Declaração politica.

Meus prezados companheiros e convencionais do PP de Fraiburgo. Inicialmente, peço desculpas a todos os companheiros de partido pelo minha ausência nesse dia e momento tão importante para a vida política de nosso município de Fraiburgo. Minha ausência é única e exclusivamente para um compromisso familiar na cidade de São Paulo, com dois filhos e netos meus. Como meus filhos são mais importantes que qualquer outro compromisso, ausento-me desse encontro, pelo que já peço vossa compreensão. Quanto ao meu posicionamento no tocante ao nosso momento político, digo-vos que sempre militei nesse partido por uma convicção e crença nos princípios da honradez dos responsáveis pelo destinos de uma comunidade, como foram os políticos de nosso partido de outrora. Meu envolvimento de última hora foi exclusivamente no intuito de encontrar uma nova alternativa para Fraiburgo. Nas tratativas com os interessados em participar do pleito vi e tive a promessa de que todos também desejavam essa terceira opção para Fraiburgo. Envolvi-me profundamente com esse objetivo, onde conseguimos uma união e entusiasmo temporário, chegando a momento de uma verdadeira possibilidade de termos uma chapa que seria a ideal, em face da honradez e credibilidade dos candidatos a serem propostos para a comunidade de Fraiburgo. Infelizmente não foi possível prosperar e retornamos a um novo princípio. Nosso candidato escolhido pelo nosso diretório abdicou da possibilidade de encabeçar uma candidatura alternativa, o que eu respeito, embora não concorde com outra possibilidade. Assim, amigos, ante a única possibilidade da participação do partido numa possível composição com candidatos já do atual conhecimento público, retiro-me das negociações por discordar do atual e normal “jeitinho” de acomodar interesses de ordem particular. Aos senhores convencionais, que me receberam em suas residências e que depositaram seus votos na convenção realizada, na confiança de minha palavra, peço minhas sinceras desculpas e, nos próximos dias, novamente os visitarei para uma melhor explicação, no entanto, nesse momento, uma vez mais percebi que tenho amigos verdadeiros, leais e interessados no nosso bem comum. Os verdadeiros amigos são medidos em momentos iguais a esse e nas ocasiões de difíceis decisões. Muito obrigado a todos e faço votos que a decisão final seja sempre a melhor para todos os Fraiburguenses. FLÁVIO JOSÉ MARTINS. Fraiburgo, 29 de Junho de 2012

FRAIBURGO – um exercício de Democracia..


MEUS CAROS AMIGOS E AMIGAS ... volto a escrever nesse meu blog.
agradeço pela leitura, sugestões, críticas e incentivos.
Novamente escreverei até o momento que cansar ...
a braços e obrigado - Flávio José Martins.

Com um sorriso na alma retorno a essa página do Jornal O CATARINENSE para aqui, novamente contar, cantar, divergir e ser divergido, mas sempre sendo honesto comigo mesmo, com meus sentimentos, expondo o que penso e pedindo licença para expressar os meus sentimentos porque sou um homem que jamais correu do embate de ideias e, permitindo-me nem sempre concordar com os pensares de outrem, mas sempre defendendo intransigentemente o seu mais lídimo direto de divergir. Honra-me o pedido da direção desse Jornal para aqui expor o que vi o que senti e o que espero no período “pós-eleição” de Fraiburgo. Desde há muito me embalava, nos momentos da minha solidão, o desejo de novamente voltar a expor minha palavra, gritar aos ventos o que penso mostrar minhas alegrias, solidões, amores e desamores. Aqui estou, até quando? Não sei.

Em Fraiburgo, nas eleições desse ano, viveram-se momentos ímpares. Entendo que aqui houve o mais genuíno exercício da DEMOCRACIA em seu mais amplo significado. Uma bela definição de Democracia consta nas nuvens “galaxianas” da internet que assim a define: “Do grego demo= povo e cracia=governo, ou seja, governo do povo. Democracia é um sistema em que as pessoas de um país podem participar da vida política. Esta participação pode ocorrer através de eleições...”.

Dois candidatos em polos distintos e, de inicio, com um índice de indecisão por parte do povo (eleitores) atípico devido a dúvida quanto aos candidatos ideais. Muitos, ansiosos por uma terceira via justamente para fugir à dicotomia da escolha. No andar do garimpo aos votos daqueles que escolheriam que dirigiria os destinos dos Fraiburguenses perceberam-se as estratégias das partes. Um traçou um caminho claro e coerente do início ao fim, procurando expor seus planos para esse Município para os próximos quatro anos. Tinha plena ciência que sua candidatura seria carente de recursos financeiros, buscou auxilio junto àqueles que sempre estiveram ao seu lado, independendo do tamanho dos seus bolsos. Seguiu firme não desviando desse foco até o final do pleito. – Outro traçou uma estratégia com o mesmo objetivo de conseguir uma vitória, objetivo esse bem mais visível, vez que apresentava uma equipe bem mais poderosa Com organização perfeita, candidatos a vereadores preparados com toda a antecedência. Com um poder de barganha e de conquista bem mais possível em face da máquina governamental que sempre pesa sobremaneira nessas ocasiões. Material publicitário de ótima qualidade. Com o poder midiático franco favorável à sua candidatura, enfim, tudo a indicar uma vitória mais fácil e mais possível.

Esse foi o quadro apresentado aos eleitores. Faltava o embate. Sobravam as apostas. As torcidas cada vez mais vibrantes, no entanto, com o passar, os desdobramentos foram ditando os caminhos e os eleitores aí, atentos. Na verdade, aí é que começou o desenho da sabedoria popular quando o eleitor começou a perceber determinados erros insanáveis, qual seja a vitória começou a aparecer para o, teoricamente, mais fraco quando o mais forte cometeu um erro mortal de ter a absoluta certeza que o PP – Partido Progressista - aliar-se-ia para indicar o seu candidato a Vice, e em assim não ocorrendo, escolheu um Vice para, posteriormente, arrepender-se e troca-lo por uma candidata do próprio partido. Erro imperdoável para estrategistas políticos. Daí em diante houve uma sequencia de erros estratégicos que os eleitores foram percebendo e avaliando, como a clara tendência de órgãos de comunicação em favor de um candidato, comunicadores fazendo campanha aberta, jornais com vastas matérias de somente um candidato, olvidando totalmente o outro lado. E o povo vendo. E o povo ouvindo. E o povo sabendo das verdades. Quatro fatos em muito influíram ao final para essa avalanche de fotos para o candidato vitorioso. 1) caricaturas grotescas e de péssimo gosto, apresentadas em programa eleitoral ridicularizando o candidato adversário. 2) folhetim desmoralizando candidato adversário e seus mais próximos como indignos por frequentar botecos. 3) apresentação de vídeo na internet e outros eventos de embate televisivo de dezenas de anos passados, editado, procurando mostrar o candidato adversário como algoz de um padre. 4) a publicação de uma pesquisa, no último dia, de uma vitória do candidato derrotado com mais de 8% de vantagem.

Isso tudo, em face de estratégia desastrosa, a vitória coube ao candidato que era mostrado como derrotado, no entanto, venceu como com uma larga diferença de próximos aos 60 por 40%.

Por outro lado o candidato vitorioso - IVO BIAZZOLO – não mudou a sua estratégia traçada. Sabia que as forças com mais poder estavam do outro lado – sabia que tinha menor poder econômico – sabia que não deveria discutir as questões morais – tinha em suas mãos dados claros que contradiziam as pesquisas. Deixou o barco andar foi firme em decidir que o outro lado pensasse realmente que venceria. Tinha em mãos dados próprios que lhe asseguravam a vitória.

Esses fatos e o seu passado nos dão a segurança que fará uma boa administração, até porque o atual prefeito serve de exemplo que, quando eleito gerou as mesmas dúvidas por ter administrado empresa que não deu certo, no entanto, como Prefeito, somando os acertos e desacertos, restou um saldo amplamente favorável, fato comprovado pelo elevado índice de aprovação de seu governo. IVO as urnas mostraram que o povo é sábio e detesta vilanias. Cumpra tuas promessas e sucesso.
 
Publicado no Jornal O CATARINENSE - Videira - SC. edição de 13.10.2012.