quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

É NATAL...

Para nós cristãos e habitantes do ocidente do mundo, as datas natalinas e de final de ano caracterizam-se pelo crescente aumento da adrenalina, característica desse envolvimento de uma alegria incontida e de um alto astral que nos envolve a todos. O décimo terceiro salário que lança em nossos bolsos um dinheirinho a mais, a proximidade de épocas de férias para uma grande parte da população, as visitas de amigos, parentes distantes, enfim, tudo nos envolve num clima de euforia, de festas e de um alto astral próprio da época, além, naturalmente, das perspectivas de novas compras, sempre culminando para os dias 24 e 25 de dezembro - dia do Papai Noel - dia da comemoração do nascimento de Jesus Cristo.
Nesse ano a passagem da noite de Natal, para mim, ocorreu na cidade de Rio Verde, no Estado de Goiás. Nessa cidade a Igreja Matriz, da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, é uma Igreja diferente em tudo. Uma maravilhosa diferença que me levou ao encanto. Essa Igreja, em sua própria estrutura já tem algo de diferente que é a sua própria construção por ser uma igreja surpreendentemente simples e maravilhosa. Simples porque, na verdadeira expressão, se trata de um galpão grande, comprido, largo com uma altura ideal aproximada aos seis metros. Um teto simples mas muito bonito; ao invés de grandes paredes, a Igreja é totalmente fechada por grandes janelas em toda a sua extensão, onde os que nela estão tem uma perfeita visualização do que a circunda, o mesmo ocorrendo com os eventuais transeuntes por aquela enorme praça em cujo centro está a Igreja.
Bancos são simples, como tudo é simples naquela Igreja com um diferencial dos costumeiros bancos de Igreja - são extremamente confortáveis e anatômicos, onde se sente bem sentado. Para o conforto adicional aos fiéis que lá acorrem para orar, instalados lá estão doze ou mais grandes aparelhos de ar.
O ministro do dia recebendo os fiéis na entrada da Igreja, saudando-os pelo nome, pedindo como está a família, lembrando de fatos de recente memória (no meu caso, apresentado como pai da Flávia, de imediato parabenizou-me pelo bom cuidado que tenho na criação de minhas ovelhas, vez que na casa de minha filha experimentara o padre recentemente uma paleta de ovelha assada).
Aos fundos da Igreja vislumbra-se um enorme pôster que toma toda a vista dos que na Igreja entram com a figura do Cristo ressuscitado, como um homem lindo, caminhando a passos largos, de braços abertos com uma enorme envergadura como que recebendo efusivamente a todos que naquela Igreja adentram.  
A cerimônia da missa é algo singular e verdadeiramente encantador conduzido por um pároco efusivamente portador de um carisma peculiar. A Igreja lotada, aliás, como soe acontecer em quase todas as missas por ele celebradas. É simplesmente emocionante a participação de todos os presentes nos cantos e nas orações daquelas cerimônias. Um padre que conduz de maneira linda, encantando a todos em todos os momentos. Os cânticos são entoados a todo momento, o padre reza um pouco, sempre intermeado por novos cânticos. Prega o sermão e, de modo sintonizado, os cantores iniciam novo cânticos, padre acompanha, cessam os cantos, nova continuação da prédica, nova paralisação por novos cantos; enfim, uma sinfonia maravilhosa que cativa a todos e os induz a cantar, a ouvir a pregação, a novamente cantar. Vale salientar que somente nessa cidade, e somente com esse pároco, participei da solenidade de uma missa conduzida de uma maneira diferente, onde muitas orações são suprimidas e substituídas por novos cantos e novos sermões, porque esses, somente de palavras positivas de elogios, de salvação, das belezas da palavra de Deus, das coisas belas que é a natureza, da maravilha do Natal, da transmissão de uma imagem de um Cristo lindo e Salvador. Nada de críticas, nada de chavões surrados de ideologias retrógradas, nada de inferno, de diabo, de negativismo.
Quando a gente percebe já se está no ofertório, na consagração, na comunhão, na benção final. Resumindo a gente não percebe o tempo passar. O que realmente se percebe é o encantamento de uma missa maravilhosa da qual nos sentimos prazerosamente felizes em participar, onde todos cantamos cânticos religiosos lindos, onde ouvimos palavras de encantamentos de alguém que tem pleno conhecimento de sua responsabilidade em pregar a palavra de Deus para um público ávido de palavras divinas e de mensagens positivas, em contra-ponto às agruras do dia-a-dia de todos nós, povo sofrido.
Como disse, tudo é muito simples mas também tudo é perfeito naquela Igreja. O prédio da Igreja, as acomodações, o conforto, o ar condicionado como um oásis num calor escaldante da cidade. Os cantores são portadores de microfones próprios e cada um entoa os cânticos com sua entonação própria de tenor, baixo, primeira voz, segunda voz; enfim, cada um dando o seu brilho próprio dentro da melodia exigida pela música. Nesse coral a harmonia é a tônica sem qualquer voz exageradamente querendo aparecer mais que outra. Finalmente, tive a grande graça de participar de uma missa que deixou muito feliz, porque senti a felicidade em todos os semblantes quando da saída daquele Templo.

publicado no jornal O CATARINENSE - ano XIII - nº 606 - 04/01/2013.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

É AGORA PREFEITO....


Em relação a saúde a Constituição do Brasil assim estabelece em seu Artigo 196:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Já, sobre a segurança pública, assim estabelece a mesma Mater Lex, em seu Artigo 194:
A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
Observe-se uma diferença transcendental em ambos os dispositivos estabelecidos numa Lei que que é um Ordenamento mandamental que não se discute – cumpre-se.
A diferença é muito grande. Na Saúde “é um direito de todos e um dever do Estado”. Já sobre a segurança pública é “um dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”, ou seja, sobre a saúde É DEVER DO ESTADO e pronto, mas na segurança existe o diferencial que a responsabilidade é de todos, assim, para a saúde, quando necessário, gasta-se e pronto a falta de dinheiro pode ser suprida reduzindo-se outras despesas que não sejam só de responsabilidade do Estado, como a própria segurança.
Juridicamente falando, por Estado entende-se – Nação – Estado – Município, ou seja, conforme www.significados.com.br, “É uma entidade com poder soberano para governar um povo dentro de uma área territorial delimitada.”
Em Fraiburgo temos um problema atual, real e grave que é o Hospital Divino Espirito Santo, único em Fraiburgo devidamente equipado com Centro Cirúrgico compatível com as necessidades mais urgentes para a cidade, com infraestrutura necessária de leitos, enfermarias, raio X e demais equipamentos necessários para os atendimentos de maior gravidade.
A direção do HDS, pelas informações que obtive, depois de uma auditoria encomendada e após analise dos prejuízos mensais acima dos cem mil reais mensais não restou outra alternativa que não a de encerrar atividades, fechar o hospital, “passar a régua e encerrar a conta”.
Estou pasmo porque pouco, muito pouco, nós o povo de Fraiburgo estamos sabendo do que se está fazendo para a solução desse gravíssimo problema. É necessário que se vá a fundo para detectar o que realmente ocorre que poucos médicos estão dispostos a permanecer em Fraiburgo. Qual o motivo que levou o único anestesista que aqui residia e trabalhava a desistir de aqui continuar trabalhando e partir para novos desafios. Naturalmente que as Entidades que mantem e administram o HDS não podem continuar tocando esse nosocômio com prejuízos elevados e constantes sem que haja qualquer sensibilidade por parte daqueles que são os responsáveis pela saúde pública, qual seja, União, Estado ou Município.
Fico realmente pasmo quando vejo que a nossa municipalidade nada faz para isso ou nada comunica para a comunidade de Fraiburgo informando o que está fazendo. É simplista demais a mera informação de que a Prefeitura não pode ajudar mais o Hospital. Quero lembrar que A SAÚDE PÚBLICA É DEVER DO ESTADO (leia-se Município) e desse dever não pode se furtar sob pena de responsabilidade no caso de um mal maior advindo dessa ausência de assistência.
Digo-vos mais, recentemente fomos às urnas onde elegemos um novo administrador. Certo é que somente tomará posse no primeiro dia de 2013, no entanto o problema já está acontecendo, estamos sem anestesista e, por via de consequência, creio eu que sem cirurgias, sem partos e sem todos os outros procedimentos médicos que dependem desse tipo de profissional. E daí? Como fica? Creio que fica a grande vergonha para uma comunidade dinâmica como a de Fraiburgo para se ganhar dinheiro, no entanto, qual é a recíproca dessa mesma comunidade que aqui ganha dinheiro, cresce, fica rica e nada faz para essa cidade. Esta na hora de acordar, vocês que aqui só ganham e nada fazem para o bem dos nossos necessitados. Está na hora de vocês que respondem por essas empresas industriais, comerciais, de serviços e agrícolas de Fraiburgo comparecerem para ajudar na solução desses problemas. Muitos de vocês estão sendo convidados no entanto fogem desses graves compromissos. Senhor Prefeito eleito está na hora de termos uma manifestação clara à população de como ficará isso. Não basta dizer que vou resolver, o problema já existe e a solução já está passando da hora porque daqui há pouco perderemos profissionais de alta qualidade e cujos prejuízos são imensuráveis. A população está aí para ajuda-lo. Convoque-a. Está na hora, aliás está passando da hora.

publicado no jornal O CATARINENSE - ano XIII - nº 603 - 14/12/2012.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dá-lhe JOAQUIM .....

O mundo dos brasileiros em terras das províncias está muito afeito ao trabalho do cotidiano e, ao final do seu labor, esses se dirigem ao seu sacrossanto lar, jogam seus sapatos aos cantos, livram-se de todas as vestimentas do seu dia-a-dia que os estrangula no suor de seus dias encalorados, beijam a sua amada, dão um tapa na cabeça das crianças, buscam o frescor do banho reconfortante e, depois do estresse já baixado, reconfortam-se em suas cadeiras preferidas, ajeitam o ângulo correto do seu televisor comprado em suaves prestações e gritam “silêncio crianças que o pai quer ver a novela”. A esposa solícita distribui empurrões aqui, “toalhadas” acolá e tudo vai se acomodando até começar a novela. Esse ritual pode ser diverso como diversas são as personalidades dos atores maiores – o pai e a mãe – mas em sua maioria absoluta “in stretta finale” o ritual é o mesmo – assistir a novela.
Nos últimos 60 para 90 dias esses mesmos atores do cotidiano brasileiro passaram a descobrir outros programas que não as novelas.  Descobriram a TV Justiça – TV Senado – e passaram as dar a preferencia de seus programas para o centro nervoso do Judiciário Brasileiro, qual seja, o plenário do STF – Supremo Tribunal Federal – e lá, de cara, já escolheram seus atores principais, escalando como o “mocinho” um negro maravilhoso com o nome de “JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES” . Digo mocinho no mais didático e completo sentido do defensor dos desvalidos de justiça, os homens sonhados por todos os homens sérios desse país.
A alma dos homens e mulheres de bem desse país, que até há pouco o sentíamos inviabilizado pela desonestidade generalizada dos políticos da terra, está sendo lavada. O nosso espírito foi revigorado porque vimos que para tudo ainda há jeito. Estamos vendo essa horda de assaltantes do erário público, devagarinho, como quem nada quer, sendo condenada e, melhor, sendo mostrado para o mundo todo que aqui também se faz justiça, que aqui, nesse nosso Brasil maravilhoso, ainda tem uns negros machos, uns caras bons, uns cidadãos que não aceitam a bandalheira.
Em sua posse como Presidente do STF, o Ministro Joaquim Barbosa disse que “...há um grande déficit de justiça entre nós. Nem todos os brasileiros são tratados com igual consideração quando buscam a Justiça. Ao invés de se conferir à restauração dos seus direitos o mesmo tratamento dados aos poucos, o que se vê aqui e acolá ... é o tratamento privilegiado...”.
Sim, essa é a grande realidade do nosso Brasil nos grandes escalões porque os mandatários acostumaram-se a servir seus apaniguados, seus companheiros de cores politicas, serviram-se e servem-se do poder para conquistar glorias, riquezas e vitórias espúrias às custas dos insustentáveis impostos pagos por cada um de nós brasileiros e sob a omissão silente e criminosa daqueles que foram designados como nossos guardiões.
O ato desse grande ministro que faz justiça, esperamos, nós o povo brasileiro, que seja o marco da virada brasileira contra a corrupção desenfreada que assola esse solo de gente esperançosa de novos dias onde haveremos de ver nossos impostos servindo para espalhar a igualdade a todos, independendo das cores da pele, do tamanho do bolso e do modo de glorificar a Deus. Esperamos que esse ato desperte aos demais responsáveis pela aplicação da justiça para que tenham a justeza de espírito para que o cipoal da burocracia não sufoque o espirito daqueles que estão a espera do lenitivo de suas almas amarguradas pelo simples fato de ver aqueles que praticaram o mal serem exemplarmente punidos.
Esperamos que esse ato do venerado Ministro Joaquim seja o “abre olhos” daqueles que podem proceder as reformas do Judiciário, especialmente Estadual e tomem as atitudes necessárias para sacar essa venda de seus olhos e percebam que os investimento necessários são em mais magistrados, mais promotores de justiça e, principalmente, melhor aparelhamento humano junto as Varas de Justiça.
Esperamos que esse marco de novos tempos desencadeado por esse sábio negro seja o inicio de deixar estagiários em Cartórios de Varas judiciais serem exatamente só estagiários e que as serventias seja devidamente aparelhadas com operadores devidamente qualificados. Queremos que a justiça estadual acompanhe, no mínimo, o que já é a Justiça Federal, uma Entidade mais dinâmica, embora não ainda o suficiente, mais eficiente, embora ainda não o suficiente. Obrigado Joaquim por ensinar o caminho. Nós confiamos no teu exemplo .... Dá-lhe Joaquim...