Para nós cristãos e habitantes do ocidente do mundo, as datas natalinas e de final de ano caracterizam-se pelo crescente aumento da adrenalina, característica desse envolvimento de uma alegria incontida e de um alto astral que nos envolve a todos. O décimo terceiro salário que lança em nossos bolsos um dinheirinho a mais, a proximidade de épocas de férias para uma grande parte da população, as visitas de amigos, parentes distantes, enfim, tudo nos envolve num clima de euforia, de festas e de um alto astral próprio da época, além, naturalmente, das perspectivas de novas compras, sempre culminando para os dias 24 e 25 de dezembro - dia do Papai Noel - dia da comemoração do nascimento de Jesus Cristo.
Nesse ano a passagem da noite de Natal, para mim, ocorreu na cidade de Rio Verde, no Estado de Goiás. Nessa cidade a Igreja Matriz, da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, é uma Igreja diferente em tudo. Uma maravilhosa diferença que me levou ao encanto. Essa Igreja, em sua própria estrutura já tem algo de diferente que é a sua própria construção por ser uma igreja surpreendentemente simples e maravilhosa. Simples porque, na verdadeira expressão, se trata de um galpão grande, comprido, largo com uma altura ideal aproximada aos seis metros. Um teto simples mas muito bonito; ao invés de grandes paredes, a Igreja é totalmente fechada por grandes janelas em toda a sua extensão, onde os que nela estão tem uma perfeita visualização do que a circunda, o mesmo ocorrendo com os eventuais transeuntes por aquela enorme praça em cujo centro está a Igreja.
Bancos são simples, como tudo é simples naquela Igreja com um diferencial dos costumeiros bancos de Igreja - são extremamente confortáveis e anatômicos, onde se sente bem sentado. Para o conforto adicional aos fiéis que lá acorrem para orar, instalados lá estão doze ou mais grandes aparelhos de ar.
O ministro do dia recebendo os fiéis na entrada da Igreja, saudando-os pelo nome, pedindo como está a família, lembrando de fatos de recente memória (no meu caso, apresentado como pai da Flávia, de imediato parabenizou-me pelo bom cuidado que tenho na criação de minhas ovelhas, vez que na casa de minha filha experimentara o padre recentemente uma paleta de ovelha assada).
Aos fundos da Igreja vislumbra-se um enorme pôster que toma toda a vista dos que na Igreja entram com a figura do Cristo ressuscitado, como um homem lindo, caminhando a passos largos, de braços abertos com uma enorme envergadura como que recebendo efusivamente a todos que naquela Igreja adentram.
A cerimônia da missa é algo singular e verdadeiramente encantador conduzido por um pároco efusivamente portador de um carisma peculiar. A Igreja lotada, aliás, como soe acontecer em quase todas as missas por ele celebradas. É simplesmente emocionante a participação de todos os presentes nos cantos e nas orações daquelas cerimônias. Um padre que conduz de maneira linda, encantando a todos em todos os momentos. Os cânticos são entoados a todo momento, o padre reza um pouco, sempre intermeado por novos cânticos. Prega o sermão e, de modo sintonizado, os cantores iniciam novo cânticos, padre acompanha, cessam os cantos, nova continuação da prédica, nova paralisação por novos cantos; enfim, uma sinfonia maravilhosa que cativa a todos e os induz a cantar, a ouvir a pregação, a novamente cantar. Vale salientar que somente nessa cidade, e somente com esse pároco, participei da solenidade de uma missa conduzida de uma maneira diferente, onde muitas orações são suprimidas e substituídas por novos cantos e novos sermões, porque esses, somente de palavras positivas de elogios, de salvação, das belezas da palavra de Deus, das coisas belas que é a natureza, da maravilha do Natal, da transmissão de uma imagem de um Cristo lindo e Salvador. Nada de críticas, nada de chavões surrados de ideologias retrógradas, nada de inferno, de diabo, de negativismo.
Quando a gente percebe já se está no ofertório, na consagração, na comunhão, na benção final. Resumindo a gente não percebe o tempo passar. O que realmente se percebe é o encantamento de uma missa maravilhosa da qual nos sentimos prazerosamente felizes em participar, onde todos cantamos cânticos religiosos lindos, onde ouvimos palavras de encantamentos de alguém que tem pleno conhecimento de sua responsabilidade em pregar a palavra de Deus para um público ávido de palavras divinas e de mensagens positivas, em contra-ponto às agruras do dia-a-dia de todos nós, povo sofrido.
Como disse, tudo é muito simples mas também tudo é perfeito naquela Igreja. O prédio da Igreja, as acomodações, o conforto, o ar condicionado como um oásis num calor escaldante da cidade. Os cantores são portadores de microfones próprios e cada um entoa os cânticos com sua entonação própria de tenor, baixo, primeira voz, segunda voz; enfim, cada um dando o seu brilho próprio dentro da melodia exigida pela música. Nesse coral a harmonia é a tônica sem qualquer voz exageradamente querendo aparecer mais que outra. Finalmente, tive a grande graça de participar de uma missa que deixou muito feliz, porque senti a felicidade em todos os semblantes quando da saída daquele Templo.
publicado no jornal O CATARINENSE - ano XIII - nº 606 - 04/01/2013.
Nesse ano a passagem da noite de Natal, para mim, ocorreu na cidade de Rio Verde, no Estado de Goiás. Nessa cidade a Igreja Matriz, da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, é uma Igreja diferente em tudo. Uma maravilhosa diferença que me levou ao encanto. Essa Igreja, em sua própria estrutura já tem algo de diferente que é a sua própria construção por ser uma igreja surpreendentemente simples e maravilhosa. Simples porque, na verdadeira expressão, se trata de um galpão grande, comprido, largo com uma altura ideal aproximada aos seis metros. Um teto simples mas muito bonito; ao invés de grandes paredes, a Igreja é totalmente fechada por grandes janelas em toda a sua extensão, onde os que nela estão tem uma perfeita visualização do que a circunda, o mesmo ocorrendo com os eventuais transeuntes por aquela enorme praça em cujo centro está a Igreja.
Bancos são simples, como tudo é simples naquela Igreja com um diferencial dos costumeiros bancos de Igreja - são extremamente confortáveis e anatômicos, onde se sente bem sentado. Para o conforto adicional aos fiéis que lá acorrem para orar, instalados lá estão doze ou mais grandes aparelhos de ar.
O ministro do dia recebendo os fiéis na entrada da Igreja, saudando-os pelo nome, pedindo como está a família, lembrando de fatos de recente memória (no meu caso, apresentado como pai da Flávia, de imediato parabenizou-me pelo bom cuidado que tenho na criação de minhas ovelhas, vez que na casa de minha filha experimentara o padre recentemente uma paleta de ovelha assada).
Aos fundos da Igreja vislumbra-se um enorme pôster que toma toda a vista dos que na Igreja entram com a figura do Cristo ressuscitado, como um homem lindo, caminhando a passos largos, de braços abertos com uma enorme envergadura como que recebendo efusivamente a todos que naquela Igreja adentram.
A cerimônia da missa é algo singular e verdadeiramente encantador conduzido por um pároco efusivamente portador de um carisma peculiar. A Igreja lotada, aliás, como soe acontecer em quase todas as missas por ele celebradas. É simplesmente emocionante a participação de todos os presentes nos cantos e nas orações daquelas cerimônias. Um padre que conduz de maneira linda, encantando a todos em todos os momentos. Os cânticos são entoados a todo momento, o padre reza um pouco, sempre intermeado por novos cânticos. Prega o sermão e, de modo sintonizado, os cantores iniciam novo cânticos, padre acompanha, cessam os cantos, nova continuação da prédica, nova paralisação por novos cantos; enfim, uma sinfonia maravilhosa que cativa a todos e os induz a cantar, a ouvir a pregação, a novamente cantar. Vale salientar que somente nessa cidade, e somente com esse pároco, participei da solenidade de uma missa conduzida de uma maneira diferente, onde muitas orações são suprimidas e substituídas por novos cantos e novos sermões, porque esses, somente de palavras positivas de elogios, de salvação, das belezas da palavra de Deus, das coisas belas que é a natureza, da maravilha do Natal, da transmissão de uma imagem de um Cristo lindo e Salvador. Nada de críticas, nada de chavões surrados de ideologias retrógradas, nada de inferno, de diabo, de negativismo.
Quando a gente percebe já se está no ofertório, na consagração, na comunhão, na benção final. Resumindo a gente não percebe o tempo passar. O que realmente se percebe é o encantamento de uma missa maravilhosa da qual nos sentimos prazerosamente felizes em participar, onde todos cantamos cânticos religiosos lindos, onde ouvimos palavras de encantamentos de alguém que tem pleno conhecimento de sua responsabilidade em pregar a palavra de Deus para um público ávido de palavras divinas e de mensagens positivas, em contra-ponto às agruras do dia-a-dia de todos nós, povo sofrido.
Como disse, tudo é muito simples mas também tudo é perfeito naquela Igreja. O prédio da Igreja, as acomodações, o conforto, o ar condicionado como um oásis num calor escaldante da cidade. Os cantores são portadores de microfones próprios e cada um entoa os cânticos com sua entonação própria de tenor, baixo, primeira voz, segunda voz; enfim, cada um dando o seu brilho próprio dentro da melodia exigida pela música. Nesse coral a harmonia é a tônica sem qualquer voz exageradamente querendo aparecer mais que outra. Finalmente, tive a grande graça de participar de uma missa que deixou muito feliz, porque senti a felicidade em todos os semblantes quando da saída daquele Templo.
publicado no jornal O CATARINENSE - ano XIII - nº 606 - 04/01/2013.