segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O ADVOGADO.

Sou um homem moldado pelo tempo, onde, nos momentos da minha solidão, fico a ver de olhos fechados o grande filme da vida, passando uma infância absolutamente diversa das atuais eras do brinquedo pelo tablet, pelo notebook, do face, e do conversar com o universo, com pessoas inimagináveis, comprando de outros mundos. Hoje viajamos em sonhos reais, observando o mundo com nossos próprios olhos e nossos filhos conversando em outras línguas com os ensinamentos virtuais e, muitas vezes, dispensando o sentar nos bancos escolares.
O turbilhão da era virtual está alterando em definitivo o modo de ser das pessoas, falamos com o mundo, o papel está desaparecendo e sendo substituído pelas “nuvens” virtuais. Agimos, trabalhamos, nos divertimos, viajamos permanecendo no aconchego de nossos lares porque nossos computadores, tablets, chips nos conduzem para esse mundo.
O ADVOGADO é o ser que está sendo transformado profissionalmente por esse mesmo turbilhão virtual porque assim a modernidade exige, só assim os aparelhos judiciários poderão acompanhar os anseios para a satisfação dos direitos e dos deveres da humanidade.
O papel está desaparecendo, não mais escrevemos nesse material que já foi pergaminho, escrevemos sim em “nuvens” virtuais e lá ficam registrados os acordos, os negócios, as demandas e as decisões.
Dia 11 de Agosto - dia do ADVOGADO.
Podemos dizer que essa data é um dia muito especial porque essa “raça de ADVOGADO”, por dever do próprio ofício, é um profissional afeito a discussão, em cada audiência ou Ação judicial trava uma batalha tendo do outro lado da mesa outro Advogado exercendo o sagrado e benéfico direito do contraditório. Não é somente a comemoração do dia do Advogado mas também o registro da instituição, no ano de 1827, das duas primeiras faculdades de direito do Brasil – Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, em São Paulo e a Faculdade de Direito de Olinda – PE.
O Advogado é o único profissional que não pode parar no tempo. O livro e a caneta sempre foram as ferramentas imprescindíveis para o trabalho do Advogado. Hoje esses mesmos livros estão disponíveis nos sistemas virtuais. A caneta foi substituída pelas máquinas de escrever onde a habilidade era mais mecânica porquanto tudo era, inicialmente, feito nos rascunhos mal traçados para, quando transcritos pelas máquina mecânica e mais tarde elétricas não mais se poderia corrigir porque o que estava escrito, escrito ficava. Nos nossos dias o ato de escrever é feito pelo milagre da internet, com modernos computadores, arquivos virtuais, “nuvens” salvadoras.
O Advogado, não tem outro caminho que não o de atualizar-se no manuseio dos sistemas virtuais trabalhando de forma moderna, deixando de lado as mentes e cabeças dos “dinossauros” que fomos e nos atirarmos com a coragem que sempre foi o nosso primado. A humanidade necessita sempre mais que seus direitos sejam respeitados e a grande baia para onde desaguam todas as águas desses anseios é o sistema judiciário moderno.
Hoje fazemos parte da historia da Advocacia porque somos os “elementos indispensáveis nas aplicação do direito”. Somos qual camaleões que se adaptam ao seu meio-ambiente. Estamos passando da era do formalismo absoluto, dos volumes intermináveis de papeis e dos processos físicos que passaram a ocupar espaços intermináveis e nos adaptando às novas colorações dos processos virtuais que não mais existem fisicamente, que só existem em arquivos que não tomam espaços, que não mais exigem o esforço físico, que existe só nas mentes e nas “nuvens”.
Nós Advogados somos esses seres estranhos que não temos o direito de envelhecermos profissionalmente não existe o envelhecer no direito. Nos atualizamos e aprendemos com os novos tempos ou deixamos o advogar para os novos, para as mentes dos tempos atuais, para os leitores dos livros que não existem, salvo se os buscarmos nas “nuvens”.

Nós, Advogados, nunca nos curvamos. Acompanharemos esses novos tempos porque aí está o oxigênio da nossa profissão, do exercício do direito e do cumprimento das nossas obrigações.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

MULHER .... MULHER ...

Quando nascemos, nós seres humanos, já ocupamos nossos espaços nesse universo com um tempo pela frente. O tempo estará sempre à nossa frente e é por ele que passamos a caminhar rumo a eternidade. O nosso tempo poderá ser curto, menos curto, longevo, muito longo, mas é por esse tempo que continuaremos caminhando.
No começo, nosso tempo foge de nossas mãos porque a nossa fragilidade é dirigida por aqueles que nos amam, no entanto, com o distanciar da nossa fragilidade passamos a tomar conta desse nosso tempo e, aos poucos, começaremos  melhor definir nossos caminhos rumo a nossa eternidade, ora acertando, ora errando, quiçá procurando novos caminhos. Procuraremos sempre um bem maior que é a felicidade.
Fomos colocados no mundo para sermos felizes, basta que sigamos as leis naturais de nossa natureza rumo ao Oriente, onde nasce o sol, onde os ventos sopram suavemente em nossos corações, onde o suave perfume da pureza dos nossos propósitos passa a acalentar nossas vontades. Nós fomos criados para o amor, para o carinho e para a felicidade.
Existem tempos para os enlevos espirituais e familiares que são os natais, as páscoas. Existem os tempos para o recolhimento, para as orações, para a introspecção espiritual que são as quaresmas, as semanas santas, os momentos de orações. Existem tempos para as festas, para os descansos, para as férias, para a busca de novas energias.
Existem dias para as comemorações, dentre os quais a homenagem maior – PARA A MULHER.
AHHH ..... A MULHER .....
Poucas datas são tão marcantes em nosso tempo quanto o DIA DA MULHER, COMEMORADO EM OITO DE MARÇO DE CADA ANO.
Marcantes porque, a pequena mulher, já no desabrochar da sua meninice para a menina-mulher faz com que a luzes dos nossos corações se acendam tornando-nos fachos florescentes a iluminar o nosso derredor e é correta a expressão do poenta quando cantou – “menina! Que um dia eu conheci criança me aparece assim de repente. Linda, virou mulher...”
Para o homem e para a mulher, esses são os tempos dos enlevos, do brincar ao chão, do virar jovem, andar de bicicletas, achar graças das criancices, do sorvete, da pizza e da Coca-Cola. É o tempo em que não se vê o tempo passar ...... é o tempo do homem virar menino e da menina virar mulher.
O poeta maior do Cancioneiro do Brasil – Roberto Carlos, assim fala daquela que é a fonte maior da felicidade de um homem – Mulher, mulher. Na escola em que você foi ensinada jamais tirei um dez. Sou forte mas não chego aos seus pés. Quando eu chego em casa à noitinha quero uma mulher só minha ..... homens dependentes e carentes da força da mulher.
O Ser Humano continua trilhando seu tempo, começa a luta da sobrevivência, o trabalho, o alimento, as descrenças, as lutas a idade da razão, a idade do homem e da MULHER DE TRINTA -
“... Mulher de trinta no seu olhar, na minha voz um novo mundo, sinta. É bom sonhar, sonhemos nós, eu e você, Mulher de trinta”. Assim cantou Miltinho em mulher de trinta.
Quando fala da mulher todo o homem vira poeta, vira amante, transforma-se no espelho da felicidade, transforma-se numa criatura frágil facilmente dominado pela força da mulher.
A mulher torna-se gigante no enfrentamento da dor .... torna-se divina quando busca a felicidade para os seus. ... torna-se fera indomável na briga pela sua prole .... torna-se a confessora quando buscada para amainar as dores alheias ... torna-se um anjo enviado por Deus na terra para resgatar os perdidos e os abandonados ... torna-se a poderosa para proteger sob suas asas os desvalidos e os perdidos.
Roberto Carlos bem expressa quem é a linda mulher dos quarenta – “Sorriso bonito. Olhar de quem sabe um pouco da vida. Conhece o amor e quem sabe uma dor guardada, escondida ....
Não quero saber da sua vida, sua história nem do seu passado. Mulher de quarenta eu só quero ser teu namorado.”

Nesse DIA DA MULHER todo homem deve ser a imagem do amor, o portador das mais lindas flores para a sua amada ... aquele que dirá a ELA – “Meu amor, eu te amo” ...  o que a beijará com muita paixão no despertar do dia – o que com ela caminhará ao sol, de mãos dadas, sussurrando-lhe ao seu ouvido as mais doces palavras de amor.

Mulheres meninas – meninas mulheres – mulher .. mulher – mulher de trinta .... de quarenta ... Jovens mulheres de 50 .... 60 ... 70 ... 80 ... .... .... parabéns – FELIZ DIAS DA MULHER.

LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA - O líder exemplar

O Estado de Santa Catarina diferencia-se dos demais Estados brasileiros por características próprias que somente aqui existem. O território catarinense é composto, basicamente, por pequenas propriedades, amenizando sensivelmente as desigualdades sociais. O povo catarinense vive em pequenas cidades, sendo que a sua maior metrópole é composta por pouco mais de quinhentos mil habitantes. As cidades interioranas, com as honrosas exceções, são habitadas por gente afeita ao trabalho. As crenças religiosas são levadas a sério. O temor a Deus é uma realidade bem mais marcante porquanto a facilidade de interligações de vizinhança é uma realidade benéfica e o berço do bem viver, do cultivo das amizades e do exercício de uma cultura sadia.
Assim é parte de uma realidade Catarinense.
Os líderes Catarinenses são o reflexo dessa realidade, de gente que cultiva os princípios cardeais do que é certo e do que é errado.
Consternados os Catarinenses receberam, nesse final  semana, a triste notícia do falecimento do grande político, LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA.
LUIZ HENRIQUE, sem dúvida, representava no cenário nacional a grande força da política Catarinense. Líder inconteste. No trilhar de sua trajetória política sempre soube caminhar com os olhos voltados para o horizonte, tendo como meta prioritária fazer do Estado Santa Catarina uma terra pujante, um local onde seu povo sentisse orgulho de aqui viver.
LUIZ HENRIQUE foi o grande timoneiro de Santa Catarina e que sempre venceu em seus embates. Seu valor maior foi o de SEMPRE estar junto de seus correligionários do MDB e, posteriormente, do PMDB, partido cuja participação, desde sua fundação, foi uma das pilastras a nível estadual e Nacional.
LUIZ HENRIQUE soube, como muito poucos grande políticos catarinenses, prestigiar todos os companheiros de partido. Sua atuação foi tamanha que tornou-se o grande ídolo e quem seus companheiros seguiam e apoiavam na circunstância que fosse, por mais que seus atos, muitas vezes parecessem atender aos seus interesses particulares como candidato, o seguiam nos tempos difíceis e nas bonanças. O Senador da República, sem dúvida, era o líder maior, inconteste e cuja palavra era uma ordem, mas não uma ordem impositiva, mas sim uma ordem acatada com muita alegria por todos os peemedebistas porque esses sempre sabiam que aquele que foi Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal, Ministro de Estado, Governador e Senador da República determinava era bom para o Partido do PMDB, bom para o Estado de Santa Catarina e bom para o povo Catarinense.
O Senador que nos deixa tinha uma visão clara do que era extremamente necessário para que o Brasil entrasse nos trilhos e viesse ser o país realmente do futuro - desde a muito defendia e continuou trabalhando pelo PACTO FEDERATIVO, pacto esse que representaria uma melhor distribuição dos recursos públicos arrecadados no Brasil. Hoje esses recursos destinam-se em 65% para a União, 25% para os Estados e 10% para os Municípios. Seus estudos iniciais seriam a divisão do total em três parte iguais, no entanto, seu projeto não vingou em face das forças políticas contrárias. Seu trabalho atual era para 50% para a União, 30% para os Estados e 20% para os Municípios. Projeto agora está sem pai.
Quem assumirá essa paternidade?  Com a morte desse grande Senador caiu um pouco da vontade de mudanças, caiu um pouco da vontade de realização daquilo que o povo brasileiro anseia de seus governantes, caiu um pouco da coragem, da independência responsável e o sonho dos brasileiro fica mais distante.
O PMDB Catarinense, penso eu, recebeu o mais duro dos golpes porque perdeu o seu farol, o seu líder maior, e seu mentor e o seu companheiro que estava sempre a postos.
Nunca fui um homem próximo ao Senador até em face de linhas políticas de meu passado quando militei em lado oposto, no entanto sempre o admirei pelo dinamismo, pelo bom trato mesmo com pessoas ligadas a outros partidos políticos que não o seu. Como Ministro do Estado, de Ciências e Tecnologia ele compareceu em ato inaugural de equipamentos ligados ao meio-ambiente da Trombini onde deu demonstração de uma cultura ímpar e conhecimentos profundos da área objeto de seu Ministério.

A morte de LUIS HENRIQUE DA SILVEIRA deixa o povo Catarinense órfão porque sua história era a história de Santa Catarina dos dias modernos. Vai com Deus, Senador, você cumpriu com teu trabalho aqui na terra. Resta-te o descanso dos homens bons.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Meu filho FLÁVIO MARCELO.

Hoje fiz a minha costumeira visita ao meu querido filho FLÁVIO MARCELO – o meu MARCELÃO - Junto a ele rezei o meu terço, com o mesmo rosário que sempre levo em meu automóvel. O mesmo livreto de instruções de como bem rezar o meu terço.
Fui orando devagarinho, compenetrado, sentido palavra por palavra em meu coração. Meu corpo tinha a exata sensação que ele estava me acariciando bem de leve, acariciando-me com uma mão igual a uma pena macia, quem sabe, talvez, acariciando-me com a ponta do seu coração.
O meu fervor era tamanho que me emocionava a cada ave-maria, cada pai-nosso .... Afinal, hoje não é um dia comum para nós dois.  Hoje é o dia do encerramento da missão dele aqui na terra. É o dia em que Jesus disse a ele .... Marcelo está na hora de retornares à casa do PAI ... e ele foi ... ele foi indo, foi indo, foi indo ... indo .. indo ..  e nos deixou aqui.
Hoje eu me encontrei com ele. Fui ao seu encontro com o coração muito apertado, muito triste como sempre acontece nesses dias e nos dias próximos ao dia 15 de Junho de cada ano. Mas fui.
Ao chegar naquela colina, aquele campo bem verde, muitas lápides bem floridas, mas a lápide dele e da minha Carolina, sem dúvida era a mais bonita.  Caprichei muito nas flores novas daquele local, para mim, santo. Flores artificias mas simplesmente maravilhosas ... a Linda caprichou .... abundantes .... bem distribuídas. A lápide parecia uma igreja num dia de festa. Estava linda e, acho que ele estava também muito feliz, porque ele sabe que o pai dele aqui da terra ainda o ama demais, jamais o esquecerá.
A dor continua a mesma, ainda mais forte, mas o que fazer, é uma cruz que devo levar comigo até o meu túmulo. Carrega-la-ei com a serenidade dos homens solitários, dos homens que tem a dor como estigma e a saudade como ferro de marcação.
Sabe
Naquele campo santo, lindo e que inspira serenidade, estive pensando comigo mesmo. O que é o tempo? Como se mensura o tempo? Após a morte o que é uma eternidade? O que é uma hora? O que são dez anos?
Hoje fazem dez anos que o corpo do meu filho foi embora, mas não estou conseguindo ver a diferença de dez anos, de uma eternidade, de poucos minutos. Muitos poderão dizer que estou louco, que estou delirando, mas só para quem passa por essa dor da perda de um filho querido e de uma esposa igual a uma Carolina é que poderão começar a duvidar do que é o tempo. O que na verdade é o tempo? Não sei. Não estou vendo a diferença de uma eternidade ou de poucos minutos. A dor de uma saudade torna todos esses tempos iguais, tudo é só um tempo, pouco representando a sua elasticidade temporal.
Meu filho querido, estive contigo hoje e sai daquele local maravilhoso como se estivesse planando no espaço, sentindo a brisa do vento em meu coração. Sentindo o sussurrar de tuas palavras doces. Sentindo teu coração tocando o meu coração. Sentindo o suave perfume dos locais celestiais.
Sei meu filho que hoje completas dez anos nesse novo plano que, em minha crença religiosa, chama-se céu. Parabéns, viu meu filho, DEUS TE ABENÇOE SEMPRE, como faço sempre questão de dizer aos meus filhos, irmãos, netos e outros. Esse meu coração já está alquebrado pelo setentinhas, pela tua e pela ausência de tua mãe, mas continuo cercado de muita gente que me quer muito bem. Estou bem meu filho. DEUS TE ABENÇOE.