Todo o ser humano, pela sua própria essência, segundo os ensinamentos da doutrina cristã, foi criado "à imagem e semelhança de Deus". Esses ensinamentos são os constantes dos ditames estabelecidos na doutrina cristã, respeitados, no entanto, aqueles que pensam de modo diverso, porquanto aqui não queremos abordar assuntos dogmáticos de qualquer ordem doutrinária, mas sim, somente registrar o fato que acreditamos que todo o ser humano nasce com o "gens", se assim podemos chamar, para ser bom. Torna-se, porém, bom - mau - perverso - maldoso - frio - sentimental em face do meio ambiente em que é criado porque seus pais, professores, vizinhos, amigos e outros assim o influenciam. Seria o exemplo metafórico do pecado original.
Esses exemplos personalíssimos os vemos em todos as pessoas, mas, talvez em função do múnus do exercício da função pública, o político é o protótipo do exemplo estigmatizado do qualificativo pejorativo "corrupto". Vemos às claras que na Casa Legislativa, no poder executivo e, por absurdo que realmente seja, também isso ocorre no Poder Judiciário de nossa Nação brasileira.
Ainda podemos afirmar que a maioria dos políticos não esteja assim enquadrada e isso é facilmente possível de verificar. O exemplo é a Câmara dos Deputados Federais que é composta de 513 deputados e, com absoluta segurança, podemos afirmar que naquela Casa legislativa temos Deputados bons, honestos e que bem representam seus eleitores no Congresso Nacional.
A corrupção com os políticos em geral recebe toda uma carga de informações televisivas, via radio, jornais, periódicos e um sem fim de outros meios de comunicação e nos induzem a gravar no subconsciente que se é político, é corrupto, é ladrão do erário publico. Os exemplos grassam nessas Casas deixando-nos horrorizados, descrentes, revoltados, achando que tudo está perdido. Isso é uma realidade incontestável e repugnante quando vemos cidadãos revestidos de outorgas concedidas pelo povo para o exercício de funções em nome desse mesmo povo e dessas mesmas funções utilizarem-se em proveito próprio e locupletarem-se do modo despudorado.
Esses políticos, executivos, empresários, trabalhadores e toda uma outra gama de profissionais assaltam, quais reles ladrões, aquilo que é do povo, destinados aos miseráveis, aos enfermos, aos famintos aos desabrigados. Esses campeiam em nosso meio de forma desavergonhada. Quando digo em nosso meio, digo em Brasília, no Brasil inteiro, em Fraiburgo. No Brasil e nos nossos centros políticos tem infindáveis exemplos dos - mensaleiros - sangues-sugas - dos juízes Nicolau - dos mensaleiros do Dem - dos juízes vendedores de sentenças - das varias dezenas ou centenas de operações policiais. Vemos diariamente a policia federal, com autorizações judiciais prendendo e levando algemados corruptos, ladrões e outros vermes que nos repugnam quando os vemos nos noticiosos.
A leniência do governo Lula com esse tipo de corrupção foi revoltante porquanto sob o manto protetor do poderoso poder presidencial tudo podia e a todos os amigos do "rei" era permitido. Vemos hoje, enojados, esses ladrões do dinheiro publico servindo para comprar de forma espúria outros corruptos passivos pelo simples fato de deter poderes outorgados pelo povo para o defender. Mais triste ainda, pasmem, poderemos ver esses ladrões e corruptos, belos, formosos, ricos e LIVRES porque encobertos sob o manto da prescrição. Assim fala o meu "feeling".
Após o falecimento da minha Carolina, em minhas noites solitárias, tenho dedicado-me às leituras jurídicas, políticas e românticas sendo o último dos livros o "guia politicamente incorreto da América latina" dos autores Leandro Narloch e Duda Teixeira. Nesse livro os autores descrevem o perfil do povo latino-americano e o por quê da América Latina ser composta de países tão díspares e com línguas diferentes. Nele afirmam de forma muito didática a receita que acreditam necessária para preparar um bom latino-americano - 1) lamentar - 2) encarar a cultura local como uma forma de resistência - 3) condenar o capitalismo - 4) denunciar a dominação externa - 5) cultuar heróis perversos. Nessa ultima receita dizem textualmente: "quanto mais bobagem eles falarem e quanto mais sabotarem seu próprio país, mais estatuas equestres e estampas em camisetas serão feitas em sua homenagem"
Aqui em nosso país também temos o nosso herói perverso bem atual porquanto "nunca jamais nesse país" se ouviu tanta bobagem, besteira e afronta a dignidade dos brasileiros quanto os discursos entusiasticamente aplaudidos pelos apaniguados e herdeiros da corrupção permitida por aquele que deveria zelar pela "res pública" de nossa pátria amada. Vejo, no entanto, uma leve luz no fundo do túnel com a exclusão dos corruptos descobertos pelo atual governo. Aplausos para a Presidente, no entanto, parece-me que isso só acontece porque isso rende aplausos do povo e a prova da desconfiança são os atos de desagravo público a mensaleiros notórios e quadrilheiros. Em novas lições falaremos mais sobre as outras corrupções e formas de corromper mais usuais e corriqueiras também em nossos "currais".
publicado no jornal O CATARINENSE - ano XI - nº 537 - 16/09/2011 e DIÁRIO DE FRAIBURGO - ano I - nº 99 - 16/09/2011.
publicado no jornal O CATARINENSE - ano XI - nº 537 - 16/09/2011 e DIÁRIO DE FRAIBURGO - ano I - nº 99 - 16/09/2011.