quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CORRUPTOS!! FORA - lição número UM.

Todo o ser humano, pela sua própria essência, segundo os ensinamentos da doutrina cristã, foi criado  "à imagem e semelhança de Deus". Esses ensinamentos são os constantes dos ditames estabelecidos na doutrina cristã, respeitados, no entanto, aqueles que pensam de modo diverso, porquanto aqui não queremos abordar assuntos dogmáticos de qualquer ordem doutrinária, mas sim, somente registrar o fato que acreditamos que todo o ser humano nasce com o "gens", se assim podemos chamar, para ser bom. Torna-se, porém, bom - mau - perverso - maldoso - frio - sentimental em face do meio ambiente em que é criado porque seus pais, professores, vizinhos, amigos e outros assim o influenciam. Seria o exemplo metafórico do pecado original.
Esses exemplos personalíssimos os vemos em todos as pessoas, mas, talvez em função do múnus do exercício da função pública, o político é o protótipo do exemplo estigmatizado do qualificativo pejorativo "corrupto".  Vemos às claras que na Casa Legislativa, no poder executivo e, por absurdo que realmente seja, também isso ocorre no Poder Judiciário de nossa Nação brasileira.
Ainda podemos afirmar que a maioria dos políticos não esteja assim enquadrada e isso é facilmente possível de verificar. O exemplo é a Câmara dos Deputados Federais que é composta de 513 deputados e, com absoluta segurança, podemos afirmar que naquela Casa legislativa temos Deputados bons, honestos e que bem representam seus eleitores no Congresso Nacional.
A corrupção com os políticos em geral recebe toda uma carga de informações televisivas, via radio, jornais, periódicos e um sem fim de outros meios de comunicação e nos induzem a gravar  no subconsciente que se é político, é corrupto, é ladrão do erário publico. Os exemplos grassam nessas Casas deixando-nos horrorizados, descrentes, revoltados, achando que tudo está perdido. Isso é uma realidade incontestável e repugnante quando vemos cidadãos revestidos de outorgas concedidas pelo povo para o exercício de funções em nome desse mesmo povo e dessas  mesmas funções utilizarem-se em proveito próprio e locupletarem-se do modo despudorado.
Esses políticos, executivos, empresários, trabalhadores e toda uma outra gama de profissionais assaltam, quais reles ladrões, aquilo que é do povo, destinados aos miseráveis, aos enfermos, aos famintos aos desabrigados. Esses campeiam em nosso meio de forma desavergonhada. Quando digo em nosso meio, digo em Brasília, no Brasil inteiro, em Fraiburgo. No Brasil e nos nossos centros políticos tem infindáveis exemplos dos - mensaleiros - sangues-sugas - dos juízes Nicolau - dos mensaleiros do Dem - dos juízes vendedores de sentenças - das varias dezenas ou centenas de operações policiais. Vemos diariamente a policia federal, com autorizações judiciais prendendo e levando algemados corruptos, ladrões e outros vermes que nos repugnam quando os vemos nos noticiosos.
A leniência do governo Lula com esse tipo de corrupção foi revoltante porquanto sob o manto protetor do poderoso poder presidencial tudo podia e a todos os amigos do "rei" era permitido. Vemos hoje, enojados, esses ladrões do dinheiro publico servindo para comprar de forma espúria outros corruptos passivos pelo simples fato de deter poderes outorgados pelo povo para o defender. Mais triste ainda, pasmem, poderemos ver esses ladrões e corruptos, belos, formosos, ricos e LIVRES porque encobertos sob o manto da prescrição.  Assim fala o meu "feeling".
Após o falecimento da minha Carolina, em minhas noites solitárias, tenho dedicado-me às leituras jurídicas, políticas e românticas sendo o último dos livros o "guia politicamente incorreto da América latina" dos autores Leandro Narloch e Duda Teixeira. Nesse livro os autores descrevem o perfil do povo latino-americano e o por quê da América Latina ser composta de países tão díspares e com línguas diferentes. Nele afirmam de forma muito didática a receita que acreditam necessária para preparar um bom latino-americano - 1) lamentar - 2) encarar a cultura local como uma forma de resistência - 3) condenar o capitalismo - 4) denunciar a dominação externa - 5) cultuar heróis perversos. Nessa ultima receita dizem textualmente: "quanto mais bobagem eles falarem e quanto mais sabotarem seu próprio país, mais estatuas equestres e estampas em camisetas serão feitas em sua homenagem"
Aqui em nosso país também temos o nosso herói perverso bem atual porquanto "nunca jamais nesse país" se ouviu tanta bobagem, besteira e afronta a dignidade dos brasileiros quanto os discursos entusiasticamente aplaudidos pelos apaniguados e herdeiros da corrupção permitida por aquele que deveria zelar pela "res pública" de nossa pátria amada. Vejo, no entanto, uma leve luz no fundo do túnel com a exclusão dos corruptos descobertos pelo atual governo. Aplausos para a Presidente, no entanto, parece-me que isso só acontece porque isso rende aplausos do povo e a prova da desconfiança são os atos de desagravo público a mensaleiros notórios e quadrilheiros. Em novas lições falaremos mais sobre as outras corrupções e formas de corromper mais usuais e corriqueiras também em nossos "currais".

publicado no jornal O CATARINENSE - ano XI - nº 537 - 16/09/2011 e DIÁRIO DE FRAIBURGO - ano I - nº 99 - 16/09/2011.

sábado, 10 de setembro de 2011

11 DE SETEMBRO - Eu e o amigo Serra.

O dia onze de setembro ficou marcado na vida de grande parte do mundo. Para uns como um forma de vingança que representou o extravasamento das iras insanas tidas nas gargantas daqueles que olham para os Estados Unidos da América como a representação do mal. Muita pena tenho eu desses que assim pensam porque estão lançando o fel de suas entranhas para mostrar ao mundo suas mágoas internas, suas invejas "enrustidas" e suas incapacidades expostas.

Para outros foi a marca de uma nova era onde ficou patente a fragilidade do ser humano, das instituições e dos órgãos destinados à segurança dos povos. Vimos uma nação inteira prostrada ante ataques sanguinários quando, em poucos segundos, vimos mortas, de forma brutal, 2.996 pessoas. Vimos aflorarem os heróis de um mundo moderno surgidos do povo. Vimos órgãos, antes tidos como a vanguarda da segurança, no entanto, diante da surpresa caíram por terra todos seus princípios e todas suas teorias. Vimos homens comuns salvando estranhos, vimos várias dezenas de pessoas que se sacrificaram para evitar um desastre muito maior como foram os passageiros do vôo que fora seqüestrado para atacar a Casa Branca. Graças a esses verdadeiros heróis o intento teve o seu desfecho frustrado. Esses são verdadeiros heróis que devem sempre ser reverenciados por todos os povos.

A partir daquele onze de setembro a vida dos americanos teve um novo marco zero. Pior, muito pior que o desastre daquele fatídico dia é a síndrome do medo e da insegurança que se instalou no mundo. Nos nossos dias vê-se claramente o pânico instalado no semblante de cada americano com o medo de novos atentados, iminentes desastres. Vê-se crianças ferindo crianças, vê-se adolescentes manejando armas e ferindo os seus semelhantes. Vê-se o grande diferencial nos aeroportos do mundo onde ao se passar detetores de armas os cidadãos de todos os sexos são obrigados a tirar seus cintos, seus sapatos, sendo vistoriados por detetores que, via raio X, expõe o corpo humana e suas intimidares. Tudo em nome da segurança. Em qualquer cidade estranha temos o medo do assalto, temos o horror do estupro, temos a síndrome do medo calcada em nossos subconscientes.



E o meu amigo SERRA, o que tem a ver com isso?

Nada, salvo a data - 11 de Setembro - data do seu aniversário.

Serra, como o conhecemos em Fraiburgo - Serramalte como era famoso nos velhos tempos em que, em 1966, foi Campeão Estadual de Futebol pela equipe da Perdigão, de Videira e atleta do Internacional de Lages que, em 1964, tornou-se Vice-Campeão também Estadual  - Jaiminho - para sua amada mãe e familiares - "Jaimeo" como era chamado por alguém que já foi de Fraiburgo nos idos tempos.

Sempre falo com muito orgulho que eu sou um cara muito feliz porque tive a graça de Deus de ter sete irmãos de sangue maravilhosos, no entanto, também tive a felicidade de ter uma plêiade de grandes amigos e, dentre os quais, uns poucos que os considero irmãos de coração porque os escolhi como irmãos. São aqueles com quem convivo sempre. São aqueles que me abraçam fortemente quando estou muito triste e se choro, comigo eles choram verdadeiramente. São aqueles que, quando estou alegre eles comigo brincam, comigo comemoram e comigo também choram com minha alegria. Esses são meus especiais amigos, esses são os irmãos que eu os escolhi e eles me escolheram para ser seu irmão. O SERRA é um desses meus amigos especiais que o escolhi como meu irmão e ele escolheu-me como seu irmão.   

Muitas historias e outras estórias maravilhosas juntos passamos. Incontáveis foram as vezes que juntos choramos abraçados. Coração encostado em coração. Alma sintonizada com alma. Sentimento de irmão sentindo como irmão.

Eu, o Serra e mais uma dúzia de outros irmãos de coração, ou um pouco mais, ou um pouco menos, há varias décadas de anos juntos passamos em jantares ao som do violão choroso do meu também irmão de coração Xanca. Lá expulsamos nossas tristezas. Tamanho era nosso envolvimento com a carninha bem assada, a pinguinha do alambique, a polenta bem cozida, o "totcho" que só kuke sabia fazer, arroz carreteiro do Xanca, a farofa, o pinhão sobre o fogão de lenha. Tudo era maravilhoso. Até hoje os nossos sítios são o ponto de encontro onde falamos mal da vida alheia, onde reformamos o mundo, onde elegemos e destituímos políticos. E o Serra é o eterno companheiro com quem nós podemos contar para as coisas boas e para as coisas ruins. Esses são verdadeiros amigos e irmãos prontos para o que precisarmos. Meu amigo e irmão Serra, parabéns pelo teu aniversario e quero que você saiba que aqui em Fraiburgo você tem amigos e tem irmãos que nossos corações escolheram. Queremos que esses oitenta e cinco anos, ou um pouco mais ou um pouco menos, quiçá bastante menos, não sei, seja a idade da tua plena felicidade porque queremos que essa felicidade seja a tua mais constante companheira.

publicado no jornal O CATARINENSE - ano XI - nº 536 - 09/09/2011.