Meus amigos de FRAIBURGO, comunico-vos que no dia de hoje, 17/Julho/2017, completam-se 50 anos que cheguei nessa cidade.
Nesse 17.07.1967 tive o grande privilegio de ser admitido como
funcionário da então PAPELOSE INDUSTRIAL S.A., onde trabalhei,
inicialmente, com o Antoine Ferrandis, pai da minha amiga até hoje,
Claude Ferrandis, com o Adalberto Schmitt Burda, pai do amigo
Gian Burda e
Cristiane Burda com o Antonio Sérgio Schimitt Burda, irmão Adalberto e com o meu até hoje amigo
Nelson Ferreira leite.
Foram 50 anos de muito trabalho, onde vi grandes amigos passarem para
outra vida, especialmente o amigo de todas as horas Clodelcion Bahr.
Quantas lutas, quantos momentos difíceis, quantas alegras, quantas
vitórias.
Foram 50 anos que aqui em Fraiburgo fiquei quase 2 anos
solteiro, hóspede da pensão das "tia NILDA", 2 filhos FLÁVIA e FLÁVIO
MARCELO, nascerem numa pequenina casa antiga da Rua Campos Novos, o
FERNANDO já numa casa melhor, na hoje Rua Antonio Porto Burda e,
finalmente, em 1980 no atual endereço da Av. Lebon Régis, onde passei a
ser pai do mais novo, FREDERYCO.
Foram quase 2 anos de solteiro, 42 anos de casado com a minha eterna CAROLINA.
Muito vivemos, muito nos amamos e muito compartilhamos de alegrias, dores e decepções com todo o povo de Fraiburgo.
Digo TODO O POVO porque até não muitos anos passados conhecíamos e éramos conhecidos por todos de Fraiburgo.
Jamais nos omitidos de nossas responsabilidades com aqueles que a nós
recorriam e jamais nos omitimos em prestar nossos ombros em favor de
nossa terra e nossa Fraiburgo.
Tenho muito orgulho em ser CIDADÃO FRAIBURGUENSE, outorga concedida pelo PL 01/99.
Aqui tive vitórias memoráveis e derrotas sofridas, fui objeto de
maldades que me obrigaram engolir calado para o bem de minha cidade, de
nossa empresa (hoje TROMBINI). Objeto até hoje de línguas afiadas pela
têmpera da maldade, do falar sem conhecimento e da ignorância malévola
daqueles que se aninham no covil das serpentes, próprio dos quem têm
coração irrigado pelo veneno da covardia escondida.
Muitas mais
vitórias tive com o MUITO OBRIGADO com lágrimas nos olhos dos velhinhos
mais humildes, onde só eu e eles sabíamos das nossas dores e do alcançar
a mão para erguer, ajudar no trôpego caminhar e pedir "como você está
meu amigo"
Muito trabalhei sem jamais pedir um aumento de salário, uma ajuda particular.
Trabalhei por 35 anos ininterruptos nessa empresa que é meu orgulho e
orgulho dos Fraiburguenses - antigas PAPELOSE - FACELPA e hoje TROMBINI.
Essa empresa foi a minha razão de ser até os dias de hoje.
Galguei todos os cargos nessa empresa e sempre procurei honra-la com
meu trabalho, minha briga em sua defesa, minha eterna luta pelo
bem-estar de todos seus trabalhadores, quando isso era de minha
responsabilidade.
À família TROMBINI serei eternamente grato porque
quando compraram a então PAPELOSE, em 1974, compraram a mim também,
compraram ao Clodelcion e compraram a todos os então trabalhadores,
verdadeiros heróis que não temiam em enfrentar a dureza do descarregar
caminhões de toras de madeira, a mão, descasca-las e manuseá-las como os
Hércules das lendas, heróis que trabalhavam com tambores compactos de
soda cáustica e as diluíam em tanques de águas, queimaduras de soda era
coisa pequena. Os heróis que se perdiam no tempo do saber se já era
dia ou se a noite já havia chegado, homens que iam trabalhar e não
sabiam se voltariam hoje, amanhã, semana que vem quiçá. Heróis que
enfrentavam as nevascas da época no duro lamaçal de um pátio que os
custos não permitiam um cascalho, uma pedra ou um asfalto. Os heróis que
levavam seus caminhões por estradas de chão e guinchados por pequenos
tratores, quando não ficavam pelos atoleiros por dias a fio.
Aos
TROMBINIs muito devo porque sempre souberam ser patrões, ser amigos, ser
parceiros de trabalhos, de dores, de alegrias e de eterna amizade.
Digo eterna amizade porque com os TROMBINI convivi desde os idos de
inicio de 1974 até os dias de hoje e para os quais levei comigo a
história de uma fábrica, lá dos confins dos FRAI e que aos poucos foi
tomando vulto e hoje trata-se de uma fábrica respeitada pelo seu estilo
de administração e de produção indispensável para um mercado de
qualidade.
Sem falsa modéstia fui respeitado pelas autoridades do
cenário político. Fui e sou respeitado por Entidades em que a falta de
ética não tem morada. Representei Entidades empresariais no cenário
nacional e comandei representações empresariais nos países de primeiro
mundo e de além-mar. Tudo isso devo ao meu senso inato do caráter de
homem justo, e as condições que me deram a família TROMBINI - de modo
especial ao ÍTALO PAI - RENATO - LENOMIR - WLADIMIR e LUIS SÉRGIO.
Até os dias de hoje sigo religiosamente o conselho daquele pai que a
história conta que num entardecer qualquer aconselhou ao seu filho
dizendo-lhe "meu filho nunca esqueça dos teus amigos ..." assim faço eu, com meus
meus amigos que os conheci exatamente em 17/Julho/1967, no antigo bar do
Fantin, até hoje juntos choramos, juntos rimos, juntos nos embebedamos,
juntos amamos e juntos ficamos horas infindas relembrando as coisa do
passado.
Obrigado amigos Jaime Bramatti, João Oiris Gugelmin,
Tranquilo Lazzari (xanca), e todos aqueles que sempre nos abraçamos e
eternamente nos gostamos.