O Estado
de Santa Catarina diferencia-se dos demais Estados brasileiros por características
próprias
que somente aqui existem. O território catarinense é
composto, basicamente, por pequenas propriedades, amenizando sensivelmente as
desigualdades sociais. O povo catarinense vive em pequenas cidades, sendo que a
sua maior metrópole é composta por pouco mais de quinhentos mil habitantes. As
cidades interioranas, com as honrosas exceções, são habitadas por gente afeita ao
trabalho. As crenças religiosas são levadas a sério. O temor a Deus
é
uma realidade bem mais marcante porquanto a facilidade de interligações
de vizinhança é uma realidade benéfica e o berço do bem viver, do
cultivo das amizades e do exercício de uma cultura sadia.
Assim é
parte de uma realidade Catarinense.
Os líderes
Catarinenses são o reflexo dessa realidade, de gente que cultiva os princípios
cardeais do que é certo e do que é errado.
Consternados
os Catarinenses receberam, nesse final
semana, a triste notícia do falecimento do grande político,
LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA.
LUIZ
HENRIQUE, sem dúvida, representava no cenário nacional a grande força
da política
Catarinense. Líder inconteste. No trilhar de sua trajetória
política
sempre soube caminhar com os olhos voltados para o horizonte, tendo como meta
prioritária
fazer do Estado Santa Catarina uma terra pujante, um local onde seu povo
sentisse orgulho de aqui viver.
LUIZ
HENRIQUE foi o grande timoneiro de Santa Catarina e que sempre venceu em seus
embates. Seu valor maior foi o de SEMPRE estar junto de seus correligionários
do MDB e, posteriormente, do PMDB, partido cuja participação,
desde sua fundação, foi uma das pilastras a nível estadual e Nacional.
LUIZ
HENRIQUE soube, como muito poucos grande políticos catarinenses, prestigiar todos
os companheiros de partido. Sua atuação foi tamanha que tornou-se o grande ídolo
e quem seus companheiros seguiam e apoiavam na circunstância que fosse, por
mais que seus atos, muitas vezes parecessem atender aos seus interesses
particulares como candidato, o seguiam nos tempos difíceis e nas bonanças.
O Senador da República, sem dúvida, era o líder maior,
inconteste e cuja palavra era uma ordem, mas não uma ordem impositiva, mas sim uma
ordem acatada com muita alegria por todos os peemedebistas porque esses sempre
sabiam que aquele que foi Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal,
Ministro de Estado, Governador e Senador da República determinava era bom para o
Partido do PMDB, bom para o Estado de Santa Catarina e bom para o povo
Catarinense.
O
Senador que nos deixa tinha uma visão clara do que era extremamente necessário
para que o Brasil entrasse nos trilhos e viesse ser o país realmente do
futuro - desde a muito defendia e continuou trabalhando pelo PACTO FEDERATIVO,
pacto esse que representaria uma melhor distribuição dos recursos públicos
arrecadados no Brasil. Hoje esses recursos destinam-se em 65% para a União,
25% para os Estados e 10% para os Municípios. Seus estudos iniciais seriam a
divisão
do total em três parte iguais, no entanto, seu projeto não
vingou em face das forças políticas contrárias. Seu trabalho
atual era para 50% para a União, 30% para os Estados e 20% para os
Municípios.
Projeto agora está sem pai.
Quem
assumirá
essa paternidade? Com a morte desse
grande Senador caiu um pouco da vontade de mudanças, caiu um pouco da vontade de
realização
daquilo que o povo brasileiro anseia de seus governantes, caiu um pouco da
coragem, da independência responsável e o sonho dos brasileiro fica mais
distante.
O PMDB
Catarinense, penso eu, recebeu o mais duro dos golpes porque perdeu o seu
farol, o seu líder maior, e seu mentor e o seu companheiro que estava
sempre a postos.
Nunca
fui um homem próximo ao Senador até em face de linhas políticas
de meu passado quando militei em lado oposto, no entanto sempre o admirei pelo
dinamismo, pelo bom trato mesmo com pessoas ligadas a outros partidos políticos
que não
o seu. Como Ministro do Estado, de Ciências e Tecnologia ele compareceu em
ato inaugural de equipamentos ligados ao meio-ambiente da Trombini onde deu
demonstração de uma cultura ímpar e conhecimentos profundos da área
objeto de seu Ministério.
A morte
de LUIS HENRIQUE DA SILVEIRA deixa o povo Catarinense órfão
porque sua história era a história de Santa Catarina dos dias
modernos. Vai com Deus, Senador, você cumpriu com teu trabalho aqui na
terra. Resta-te o descanso dos homens bons.
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