quinta-feira, 14 de maio de 2015

LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA - O líder exemplar

O Estado de Santa Catarina diferencia-se dos demais Estados brasileiros por características próprias que somente aqui existem. O território catarinense é composto, basicamente, por pequenas propriedades, amenizando sensivelmente as desigualdades sociais. O povo catarinense vive em pequenas cidades, sendo que a sua maior metrópole é composta por pouco mais de quinhentos mil habitantes. As cidades interioranas, com as honrosas exceções, são habitadas por gente afeita ao trabalho. As crenças religiosas são levadas a sério. O temor a Deus é uma realidade bem mais marcante porquanto a facilidade de interligações de vizinhança é uma realidade benéfica e o berço do bem viver, do cultivo das amizades e do exercício de uma cultura sadia.
Assim é parte de uma realidade Catarinense.
Os líderes Catarinenses são o reflexo dessa realidade, de gente que cultiva os princípios cardeais do que é certo e do que é errado.
Consternados os Catarinenses receberam, nesse final  semana, a triste notícia do falecimento do grande político, LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA.
LUIZ HENRIQUE, sem dúvida, representava no cenário nacional a grande força da política Catarinense. Líder inconteste. No trilhar de sua trajetória política sempre soube caminhar com os olhos voltados para o horizonte, tendo como meta prioritária fazer do Estado Santa Catarina uma terra pujante, um local onde seu povo sentisse orgulho de aqui viver.
LUIZ HENRIQUE foi o grande timoneiro de Santa Catarina e que sempre venceu em seus embates. Seu valor maior foi o de SEMPRE estar junto de seus correligionários do MDB e, posteriormente, do PMDB, partido cuja participação, desde sua fundação, foi uma das pilastras a nível estadual e Nacional.
LUIZ HENRIQUE soube, como muito poucos grande políticos catarinenses, prestigiar todos os companheiros de partido. Sua atuação foi tamanha que tornou-se o grande ídolo e quem seus companheiros seguiam e apoiavam na circunstância que fosse, por mais que seus atos, muitas vezes parecessem atender aos seus interesses particulares como candidato, o seguiam nos tempos difíceis e nas bonanças. O Senador da República, sem dúvida, era o líder maior, inconteste e cuja palavra era uma ordem, mas não uma ordem impositiva, mas sim uma ordem acatada com muita alegria por todos os peemedebistas porque esses sempre sabiam que aquele que foi Vereador, Deputado Estadual, Deputado Federal, Ministro de Estado, Governador e Senador da República determinava era bom para o Partido do PMDB, bom para o Estado de Santa Catarina e bom para o povo Catarinense.
O Senador que nos deixa tinha uma visão clara do que era extremamente necessário para que o Brasil entrasse nos trilhos e viesse ser o país realmente do futuro - desde a muito defendia e continuou trabalhando pelo PACTO FEDERATIVO, pacto esse que representaria uma melhor distribuição dos recursos públicos arrecadados no Brasil. Hoje esses recursos destinam-se em 65% para a União, 25% para os Estados e 10% para os Municípios. Seus estudos iniciais seriam a divisão do total em três parte iguais, no entanto, seu projeto não vingou em face das forças políticas contrárias. Seu trabalho atual era para 50% para a União, 30% para os Estados e 20% para os Municípios. Projeto agora está sem pai.
Quem assumirá essa paternidade?  Com a morte desse grande Senador caiu um pouco da vontade de mudanças, caiu um pouco da vontade de realização daquilo que o povo brasileiro anseia de seus governantes, caiu um pouco da coragem, da independência responsável e o sonho dos brasileiro fica mais distante.
O PMDB Catarinense, penso eu, recebeu o mais duro dos golpes porque perdeu o seu farol, o seu líder maior, e seu mentor e o seu companheiro que estava sempre a postos.
Nunca fui um homem próximo ao Senador até em face de linhas políticas de meu passado quando militei em lado oposto, no entanto sempre o admirei pelo dinamismo, pelo bom trato mesmo com pessoas ligadas a outros partidos políticos que não o seu. Como Ministro do Estado, de Ciências e Tecnologia ele compareceu em ato inaugural de equipamentos ligados ao meio-ambiente da Trombini onde deu demonstração de uma cultura ímpar e conhecimentos profundos da área objeto de seu Ministério.

A morte de LUIS HENRIQUE DA SILVEIRA deixa o povo Catarinense órfão porque sua história era a história de Santa Catarina dos dias modernos. Vai com Deus, Senador, você cumpriu com teu trabalho aqui na terra. Resta-te o descanso dos homens bons.

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